domingo, 6 de novembro de 2011

Na sucessão à coroa, homens e mulheres, direitos iguais


Mudanças na sucessão do trono britânico anulam séculos de leis reais, as novas regras poderão beneficiar filhas de William e Kate
Foto: Oli Scarff/Getty Images
Membros da família real britanica comemoram junto a Rainha Elizabeth II o seu aniversário oficial, participando no desfile Trooping the Colour em 11 de junho de 2011, em Londres, Inglaterra.
A rainha Elizabeth II celebrará, em breve, o 60º aniversário de sua coroação na Abadia de Westminster, em Londres
Os países da Comunidade Britânica decidiram modificar as leis sobre os direitos ao trono britânico.

Mais de mil anos de história real mudarão para dar a homens e mulheres as mesmas chances de assumir a coroa. Além disso, será anulada também a proibição ao monarca de ter um cônjuge católico.

Todos os 16 países do Commonwealth, que tem a rainha Elizabeth II como chefe de estado, precisarão modificar suas leis relativas à sucessão.

No entanto, especialistas do governo admitem que ainda estão avaliando que leis precisarão alterar.

Eles fizeram uma lista de nove leis que datam de 1689, mas é possível que elas não sejam as únicas.

Um dos problemas é que o direito de primogenitura masculina - que dá aos irmãos mais novos o direito de se tornarem monarcas antes de suas irmãs mais velhas - é baseado em muitos séculos de leis de propriedade do direito comum britânico e não somente em uma norma.

De acordo com a regra, a coroa só podia ser passada à filha mais velha quando não havia filhos homens, como no caso do rei George 6º, pai da rainha Elizabeth.
Foto: Tim Hales/Associated Press
David Cameron, o primeiro ministro ingles, faz a reverencia de praxe a Raina Elizabeth II, em recente cerimônia, diante de sua residência em Londres
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante a cúpula bianual da Comunidade Britânica em Perth, na Austrália.

"Estou muito feliz de dizer que chegamos a um acordo unânime sobre duas mudanças nas regras da sucessão. Primeiro, acabaremos com a regra de primogenitura masculina para que no futuro, a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento. E concordamos em aplicar esta mudança para todos os herdeiros do Príncipe de Gales."

"Em outras palavras, se o duque e a duquesa de Cambridge estivessem esperando uma menina, essa menina seria nossa rainha um dia", completou Cameron.

Foto: Dave Thompson/Reuters
O príncipe William e Kate Middleton, duque e duquesa de Cambridge, se casaram no dia 29 de abril, deste ano. A partir dos seus descendentes é que vigorará a nova lei.
Se os direitos iguais ao trono tivessem existido no passado, a história da Grã-Bretanha poderia ter sido diferente.

O rei Henrique VIII e o rei Carlos I, dois dos mais famosos monarcas britânicos, provavelmente não teriam existido, já que ambos tinham irmãs mais velhas.

Ao invés de Henrique VIII, cujo reino marcou o início da Igreja Anglicana, sua irmã Margaret teria sido rainha.

O reino de Carlos I, no século 17, levou a uma sangrenta guerra civil. Mas ele também tinha uma irmã mais velha, Elizabeth.

A era moderna da monarquia britânica também teria seguido outro caminho.


A primogênita da Rainha Vitória, nascida em 1840, se casou com o imperador alemão Frederico 3º. Caso ela tivesse se tornado rainha, a coroa teria passado para seu filho, o kaiser alemão Guilherme 2º.

Com Alemanha e a Grã-Bretanha governadas pelo mesmo rei, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial poderiam nunca ter acontecido.
Oléo sobre tela de Hans Holbein
Henrique VIII, criador da Igreja Anglicana, não teria subido ao trono sem a lei que privilegiava homens
A anulação da proibição ao monarca de ser casado com uma pessoa de fé católica também significará modificar o Ato de Estabelecimento inglês de 1701, que foi redigido durante o reinado de Guilherme 3º.

No momento em que a lei foi criada, o monarca estava doente e sem filhos e sua cunhada Anne havia acabado de perder seu único filho.

Sem herdeiros, ele temia que a sucessão fosse para o rei católico deposto Jaime 2º ou para seus filhos.

As mudanças legais na Grã-Bretanha, no entanto, não devem acontecer pelos próximos quatro anos.

A Suécia foi a primeira monarquia europeia a declarar direitos iguais para homens e mulheres na linha de sucessão, em 1980.

Desde então, a decisão foi tomada por países como Noruega, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo.

Isabeli Fontana vai casar na Etiópia


Depois de tórridos romances e casamentos com homens loiros, uma das modelos brasileiras de maior sucesso no exterior, partiu para o padrão black e após engendrar um namoro como Falcão do O Rappa, agora anuncia que vai casar com Rohan Marley, filho do cantor Bob Marley. Examinando bem, os namorados dela são sempre sósias uns dos outros. Estamos aguardando para quando ela adotar o padrão dos velhinhos barrigudos.
Foto: Arquivo
LEGENDA
Postado por Cinthia
Fontes:O Dia, Wikipedia, Ego, Coluna do Bruno Astuto, New York Fashion

Isabeli Fontana, 28 anos, uma das modelos brasileiras mais bem-sucedidas no mercado internacional, está buscando uma data livre, na sua tumultuada agenda, para casar. A cerimônia, segundo se anuncia, acontecerá na Etiópia e o noivo será desta vez, o cafeicultor jamaicano, Rohan Marley, um dos 11 filhos oficiais do cantor Bob Marley.

A convite do noivo, a modelo assumirá no mês que vem o posto de embaixadora da ONG do amado, a 1Love, que tem como objetivo “levar a mensagem de paz e amor de Bob para o mundo”.

“Minha primeira missão será encontrar uma entidade brasileira para ser beneficiada pelo projeto”, diz ela.

Foto: Arquivo
Qualquer semelhança é mera coincidência? O ex de Isabeli o brasileiro, Marcelo Falcão e o atual, o jamaicano, Rohan Marley, ela diz que são completamente diferentes.
Isabeli também avisou seus agentes que precisará de um brecha na agenda de desfiles de fevereiro para embeleza as pré-estreias do documentário que os filhos de Bob preparam sobre o pai.


“Muitos mitos serão desfeitos”, adianta.

“Quando eu tinha uns 13 anos e só escutava Xuxa e música sertaneja, meu irmão me deu de presente uma fita cassete do Bob, e mudou minha vida. Depois, passei meu aniversário de 17 anos na Jamaica e visitei o museu. Bob era um homem do bem”.

a em o conta.

Sobre a semelhança entre o atual e o ex, o cantor Falcão, ela é categórica: “As pessoas só veem aparência. Para mim, são completamente diferentes”.

Isabeli também falou de seu ritmo intenso de trabalho. “Viajo toda semana, mas volto também toda semana por causa dos meus filhos. Passo quatro dias no Brasil e três fora dele, porque faço questão de levá-los à escola, cobrar as lições, acompanhar tudo”. Em novembro, ela circulará por Nova York, Londres (onde posará para a campanha da gigante do fast fashion H&M), Chile e Miami, onde mora Rohan, que acaba de obter seu passaporte americano.

A modelo, que estampou praticamente todos os meses editoriais da edição francesa da revista Vogue, considera “normal” a volta do ritmo frenético de trabalho depois de um período quase sabático:

“Dei uma diminuída no meu ritmo para ficar mais perto dos meus filhos e agora sinto que estou recomeçando um ciclo. Na verdade, minha carreira é sempre um recomeço”.
Fotos: Arquivos
Álvaro Jacomossi, pai do seu primeiro filho e Henri Castelli, pai do segundo filho
O curriculo amoroso publico de Isabeli Fontana, começou em 2002 quando ela namorou o modelo Álvaro Jacomossi, com quem teve, no ano seguinte, seu primeiro filho Zion.

Acabado o romance, em 2004 conheceu o ator global Henri Castelli com quem se casou em dezembro de 2005.

Em outubro de 2006 nasceu seu segundo filho Lucas, seu casamento terminou em abril de 2007. Em setembro do mesmo ano ela iniciou um novo romance com o empresário Rico Mansur que durou até dezembro de 2008.

Em fevereiro de 2009 ela assumiu seu novo romance com o vocalista da banda O Rappa Marcelo Falcão, o namoro teve fim em março de 2011.

Em julho de 2011 quando Isabeli foi passar férias na Jamaica ela conheceu Rohan Marley, filho do cantor Bob Marley, e o namoro engrenou de vez e vai se transformar em casamento. O local escolhido pelo casal é a Etiópia.

"Isso por causa da religião dele. Ele segue o Antigo Testamento, é muito religioso. Acho isso muito lindo", explicou a modelo.

Terra: 7 bilhões de habitantes



Bebê nascido em Manila, nas Filipinas, é eleito simbolicamente pela ONU o habitante de número 7 bilhões da Terra

Foto: Erik De Castro/France Presse
Danica May Camacho, o habitante 7 bilhões
Postado por Cinthia
Fontes:Folha de São Paulo - France Press, Folha de São Paulo –Diário do Povo,Pequim, China, Folha de São Paulo - "Nation Media Group", Nairóbi, Quênia


A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano número sete bilhões, uma pequena filipina de nome Danica cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.


O planeta atingiu a população de seis bilhões em 1999. Na ocasião, a ONU escolheu Adnan Nevic, um menino nascido em Sarajevo, como representante simbólico da marca. Desta vez, a ONU optou por não designar nenhuma criança com antecedência e vários países pretendiam reivindicar a efeméride.


Danica May Camacho, nascida no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tem 2,5 quilos. Seus pais, Florante Camacho e Camille Dalura, foram felicitados por representantes das Nações Unidas.


"É muito bonita. Não posso acreditar que seja a habitante sete bilhões do planeta", comentou emocionada Camille Dalura na sala de partos, invadida pela imprensa.


Danica receberá uma bolsa de estudos e seus pais uma quantia em dinheiro para abrir uma loja.


"O mundo e seus sete bilhões de habitantes formam um conjunto complexo de tendências e paradoxos, mas o crescimento demográfico faz parte das verdades essenciais em escala mundial", declarou a representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) nas Filipinas, Ugochi Daniels.
Foto: Manish Swarup/Associated Press
Multidão caminha por rua de Mumbai,Índia
Segundo o texto de Shan Juan, para o "Diário Do Povo", de Pequim, a população mundial provavelmente teria chegado aos sete bilhões de pessoas cinco anos atrás não fosse a política chinesa de planejamento familiar.


Ao limitar a maioria dos casais da China continental a um filho, a Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar afirma que cerca de 400 milhões de nascimentos foram evitados de 1979 em diante.
Foto: Andy Wong/Associated Press
Turistas se aglomeram na praça Tiananmen, em Pequim; controle populacional retardou chegada aos 7 bi
"Os nascimentos prevenidos na China também são significativos para a preservação dos recursos naturais e meio ambiente em todo o mundo", diz o professor Yuan Xin, do Instituto de População e Desenvolvimento, parte da Universidade Nankai.


"Mas esse mérito poderia ser desperdiçado caso a população chinesa viesse a consumir de modo incansável, como fazem os ocidentais, dado o tamanho da população do país".


Os dados oficiais demonstram que o consumo per capita chinês é 20% inferior ao dos Estados Unidos. Caso fossem iguais, o uso total de energia na China seria quatro vezes maior que o norte-americano.


De acordo com Yuan, o governo chinês reconheceu o potencial de consumo excessivo e adotou políticas que encorajam uma economia e estilo de vida "verdes".


Promoveu o fechamento de indústrias poluentes e que consomem energia intensamente, desencorajou a compra de automóveis por meio de diversas medidas, promoveu a separação do lixo reciclável e a conservação de água e energia, e proibiu a distribuição de sacolas plásticas.


À medida que cresce o número de seres humanos, crescem os desafios que a humanidade enfrenta, disse Safiye Cagar, do Fundo Populacional das Nações Unidas. "Como garantir que todos nós tenhamos um padrão de vida decente e ao mesmo tempo preservar os recursos da Terra?"


Um terço dos países do mundo, especialmente os desenvolvidos, têm taxas de fertilidade inferiores a 2,1 filhos por mulher, o nível mínimo de reposição da população existente.


"Na maioria dos países desenvolvidos, que em geral têm índices de natalidade inferiores, a expectativa é de uma queda e envelhecimento da população, enquanto nas nações em desenvolvimento teremos alta estável na população e envelhecimento menor", disse Yuan.
Foto: Stringer/Reuters
Chineses lotam piscina em dia quente em Suining, na Província de Sichuan
A população mundial deve atingir um pico de 9,3 bilhões de habitantes em 2050, e apenas 3% do crescimento deve vir dos países em desenvolvimento.


Na China, a população deve atingir um pico de 1,45 bilhão de pessoas em 2030, o equivalente a um sexto da população mundial, de acordo com as estatísticas oficiais. Isso representa queda considerável ante a porcentagem de um terço que o país detinha no final do século 17 e começo do 18.


A questão mundial do envelhecimento populacional também afetará a China, aumentando a pressão sobre os serviços de saúde. O país passará por mudanças populacionais drásticas, especialmente em termos de envelhecimento e distribuição sexual.


Em 2050, 25% da população idosa mundial viverá na China, ante os 20% atuais.


A força de trabalho -pessoas dos 15 aos 59 anos- se reduzirá dos atuais 940 milhões para 750 milhões de pessoas, e os idosos subirão de 178 milhões a 480 milhões, ou de 13,3% a 34% da população.


A despeito dessa mudança, a pressão deve continuar alta no mercado de trabalho. "Continuaremos a ter uma base imensa de mão-de-obra por muito tempo, mas sua idade média será um pouco maior", acrescentou Yuan.


Charles Onyango-Obbo, editor-executivo de África e mídia digital no "Nation Media Group", comenta que no momento em que a população mundial acaba de ultrapassar os 7 bilhões de pessoas, a África também ultrapassou a marca do bilhão de habitantes, recentemente.


Ao pensar sobre isso na África, continente que registrou fomes terríveis nas últimas décadas, a primeira questão talvez seja como alimentar todas essas pessoas.


Em Uganda, por exemplo, a Autoridade Nacional do Meio Ambiente estima que, ao ritmo atual de desflorestamento, é provável que o país precise importar lenha a partir de 2020. (Em Uganda, 80% das pessoas dependem de lenha e 6% de carvão como combustíveis.)
Foto: Feisal Omar - 20.jul.2011/Reuters
Mulheres aguardam refeição em um campo de refugiados em Mogadício, na Somália, país assolado pela fome
Assim, mesmo que haja comida suficiente nos próximos anos, em muitos dos países africanos que vêm sofrendo pesada devastação ambiental a dificuldade poderia estar em obter a energia necessária a cozinhá-la.


Muita gente dirá que, se existe um desafio importante na África, é esse: o do meio ambiente devastado. Quase todos os demais problemas -corrupção, fraude eleitoral, guerra, fome, doença, as indignidades que as mulheres continuam a sofrer em muitas sociedades africanas, a expansão das favelas e o alto custo de vida nas cidades grandes e médias- estão vinculados a ele.


Conhecemos os números. A ONU projeta que pode haver até 50 milhões de "refugiados ambientais" no planeta, em 2020.


Lagos como o lago Chade estão praticamente secos. Muitas cidades africanas passam em média três dias por semana sem receber água encanada.


A situação é ainda pior nas zonas rurais, e doenças relacionadas ao saneamento são causa de 88% da diarreia infantil na África. Elas matam 600 mil crianças africanas a cada ano. E fazem com que as crianças dos países da África subsaariana percam 1,7 milhão de dias de aula ao ano!


Em um relatório publicado em 2009, o secretariado da Comunidade Leste-Africana, sediada na cidade de Arusha, Tanzânia, estimou que se a África tivesse acesso universal ao saneamento e a água de boa qualidade, o continente economizaria US$ 23,5 bilhões com doenças, mortes prematuras, baixa produtividade, dificuldades na obtenção de água e danos ao turismo.


Muitos desses problemas podem ser resolvidos por governos nacionais esclarecidos e com o apoio da comunidade internacional. É possível importar comida e energia.


O maior desafio que vejo para a África é algo que parece relativamente menor. Mas mesmo assim é letal.
Foto: Feisal Omar/Reuters
Mulheres somalis fazem fila em Mogadício para receber comida; mundo chega aos 7 bilhões e fome é desafio
Recordo uma visita que fiz a um parente doente em Tororo, uma cidade no leste de Uganda, alguns anos atrás. Naquele dia, muitas mães adoentadas haviam levado seus filhos ao hospital. As famílias formavam uma longa fila, e todas ostentavam aquele ar de fragilidade. Era um panorama perturbador, e continuo a encontrá-lo na região rural de Uganda, bem como na maioria dos hospitais que visito na África.


Perguntei a uma enfermeira que conhecia qual era o problema. Ela olhou para a fila, discretamente, e respondeu que "a maioria dessas pessoas não deveria estar aqui, porque não estão realmente doentes. Estão com fome. As crianças sofrem de subnutrição". Em outras palavras, a cura de suas doenças estava em suas hortas, e não na medicina. Mas medicina é o que lhes estava sendo ministrado, porque existe uma estrutura para isso.


Um dos meus trabalhos de reportagem mais memoráveis aconteceu na região do Nilo. O rio costumava ser muito rico em peixes. No dia de minha visita ao local de uma futura represa, a missão jornalística era descobrir como a comunidade local estava lidando com um projeto que alteraria radicalmente sua forma de vida.


Quando minha equipe passou por uma das aldeias perto da margem do rio, vimos uma criança muito frágil, cuja barriga distendida apontava para subnutrição.
Foto: Mohamed Sheikh Nor/Associated Press
Criança desnutrida da Somália vive em acampamento em Mogadício, à espera de ajuda
Perguntamos ao pai da criança, um pescador, qual era o problema do menino. Ele respondeu que o filho estava "possuído por maus espíritos". Isso irritou uma de minhas colegas, e ela rebateu:


"Não, ele não foi atacado por maus espíritos. Só precisa comer melhor. Os peixes que você apanha, se você alimentar o menino com eles por uma semana, as proteínas o ajudarão a melhorar".


O pescador parecia confuso e disse que "não posso fazer isso. Os peixes que pesco preciso vender no mercado para comprar outras coisas, o que inclui remédios para minha família".


Parte do problema estava em o pescador ser pobre demais para poder comer os peixes que apanhava. Mas como no caso de Tororo, minha sensação é de que o maior problema para a crescente população africana é de conhecimento. E especialmente saber o que fazer com ele, e conseguir fazer alguma coisa de criativo.


A África pode comprar conhecimento, mas uma coisa que não pode ser importada é a capacidade de fazer algo de grande com ele. Tudo o mais é bem fácil, em termos comparativos.

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Pessoas se aglomeram na praia de Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil

Mortos em ataque de milícia islâmica na Nigéria já passam de 100


Uma série de ataques com bombas e disparos de armas deixou pelo menos 100 mortos em Damaturu, cidade no nordeste da Nigéria.
As testemunhas afirmaram que as bombas atingiram vários alvos na cidade, incluindo igrejas e a sede da polícia do Estado de Yobe, onde fica Damaturu.
Segundo Jonah Fisher, correspondente da BBC na capital comercial da Nigéria, Lagos, os disparos ocorreram durante a noite toda e muitos moradores de Damaturu teriam fugido.
O grupo islâmico Boko Haram assumiu a autoria dos atentados e fez ameaças, dizendo que eles vão lançar novos ataques.
Um porta-voz da Cruz Vermelha afirmou que a maioria dos mortos estava em prédios do governo, atingidos por homens-bomba.
A violência começou na sexta-feira, quanto uma série de ataques atingiu bases militares na cidade de Maiduguri, a cerca de 80 quilômetros mais a leste, no Estado vizinho de Borno.
Centenas de feridos
O Boko Haram também foi responsabilizado por esse ataque. O grupo, cujo nome significa “educação ocidental é proibida”, já fez vários ataques contra a polícia e autoridades do governo.
O correspondente da BBC em Lagos afirma que a polícia informou que os ataques em Damaturu pegaram a cidade de surpresa e eles ainda estão tentando determinar o número de feridos.
Uma autoridade do governo em Damaturu, que não foi identificada, teria dito à agência de notícias AFP que centenas de feridos estão sendo atendidos no hospital da cidade.
Um padre de uma igreja católica da cidade informou ao correspondente da BBC que sua igreja foi queimada e outras oito igrejas também foram atacadas.