domingo, 30 de outubro de 2011

Ana Arraes erra ao elogiar Lula em posse no TCU


”A incrível interferência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na eleição da deputada Ana Arraes (PSB-PE), sua mãe, para a vaga aberta no TCU já tinha sido o fim da picada. O discurso de Ana logo depois da vitória foi vexaminoso, deixando claro que pretendia se comportar como mera procuradora do Poder Executivo naquela que é uma instância do Legislativo”- Reinaldo Azevedo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Ana Arraes ao lado do filho, Eduardo Campos, Governador de Pernambuco, discursa na cerimonia de posse no Tribunal de Contas de União.
Christiane Samarco - Agência Estado
Fontes:Estadão, Blog do Reinaldo Azevedo , Agência Brasil, G1

Exatos 35 dias depois de ser eleita ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) com um discurso contrário à paralisação de obras públicas suspeitas de irregularidade, a mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e ex-líder do PSB na Câmara, Ana Arraes, tomou posse ontem, condenando o controle que paralisa o governo.

A nova ministra assumiu o posto anunciando que tem "compromisso com a decência e a moral" e será "implacável e zelosa com o dinheiro da Nação". Mas defendeu a adoção de um "controle inteligente", lembrando sua pregação em favor da tese de que "o controle deve servir a aperfeiçoar a gestão dos governos e não a paralisá-la, quando não, inviabilizando-a, pois é fugaz o tempo de quem governa".

A observação de Ana Arraes foi feita diante dos olhos atentos da presidente Dilma Rousseff, presente à mesa que dirigiu a solenidade de posse ao lado do presidente do Tribunal, Benjamin Zymler. Neste momento, ela arrancou aplausos da plateia que lotava o plenário do TCU, incluindo ministros de Estado, parlamentares e líderes de partidos governistas e de oposição.

Também compareceram à cerimônia os governadores Cid Gomes (CE), Renato Casagrande (ES), ambos do PSB da nova ministra; o petista Marcelo Deda (SE),o tucano Teotônio Vilela (AL) e o interino do DF e vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), além do pernambucano Eduardo Campos.

Entre as 17 obras que apresentaram problemas de fiscalização no ano passado, com recomendação do TCU para que fossem paralisadas, está a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Talvez por isto Ana Arraes tenha declarado que será "implacável no combate à improbidade e ao crime", com a ressalva de que o "controle moderno" tem que buscar o princípio da eficiência e "não pode ser dissociado do compromisso com o resultado das políticas públicas".

Em conversa reservada em meio à fila de cumprimentos, um dos ministros do TCU que prestigiaram a chegada da colega observou que "ninguém é a favor de paralisar uma obra" e disse que o Tribunal só manda parar "em último caso", quando as irregularidades são graves e o responsável não corrige. Ele avalia que Ana Arraes "se expôs de graça" no discurso de posse, porque todas as decisões do tribunal são coletivas e embasadas em parecer das unidades técnicas e do Ministério Público. "Para mudar o rumo do Tribunal ela terá que convencer os demais ministros, ou perderá de goleada em plenário", concluiu.

Outro ministro também estranhou o fato de a novata ter homenageado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como "o operário de talento político e uma obra que mudou o Brasil", depois de Lula ter se empenhado em uma "verdadeira guerra contra o TCU'', por conta da paralisação de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Um dos parlamentares que participou da campanha dela, no entanto, diz que a menção foi um agradecimento ao trabalho de Lula, que conquistou muitos votos para Ana Arraes no Câmara.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
“O TCU é um lugar político. Política não é só a partidária. Vou ao TCU servir ao meu país, servir ao povo do Brasil, zelando pelos recursos públicos, mas também com o olhar da política”.- disse Ana Arraes ao jornalista Heraldo Pereira numa entrevista para o Jornal da Globo.

*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, comentários de outras fontes, foto e legenda ao texto original

Futebol: É guerra

A chegada de Aldo Rebelo no Ministério do Esporte é a engrenagem nova na guerra entre a FIFA de Joseph Blatter e a CBF de Ricardo Teixeira.

Foto: Harold Cunningham/Getty Images
Joseph Blatter, presidente da Fifa, em Zurique

Fonte:Radar Online

As relações entre a Fifa (leia-se Joseph Blatter) e a CBF (leia-se Ricardo Teixeira) nunca foram tão ruins. Na conversa que teve com Dilma Rousseff há três semanas em Bruxelas, Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, detonou Ricardo Teixeira.

Mais: a Fifa está procurando um escritório de relações públicas para tentar melhorar sua imagem no Brasil — e, claro, junto ao governo Dilma.

A propósito, Ricardo Teixeira e Aldo Rebelo já foram adversários ferrenhos (na CPI da Nike) e depois viraram bons amigos durante o governo Lula.

Mas o último movimento de Teixeira não foi pró-Aldo: trabalhou intensamente no mês passado para ajudar a eleger Ana Arraes ministra do TCU, derrotando justamente Aldo.

Agnelo na mira


Uma investigação da polícia mostra que o governador de Brasília ajudou um PM a fraudar provas para se defender de denúncias de desvio de recursos do Ministério dos Transportes

Foto: Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press
AGORA É ELE - O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Diálogos gravados pela polícia (acima) sugerem que ele ajudou João Dias a forjar provas para acobertar desvios no Ministério do Esporte
Postado por Andrei Meireles, Marcelo Rocha e Murilo Ramos
Fonte:Revista Época

Orlando Silva perdeu o cargo de ministro do Esporte, na semana passada, abalado por denúncias de desvio de dinheiro. Seu substituto, Aldo Rebelo, também do PCdoB, recebeu do Palácio do Planalto a missão de moralizar a pasta. Para a Justiça, no entanto, a questão é outra. Nos próximos dias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) receberá um processo com nove volumes e quatro apensos, que corre na 10ª Vara Federal, em Brasília.

As informações, a que ÉPOCA teve acesso, mostram que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), antecessor de Silva, é suspeito de ter se beneficiado das fraudes.

O conjunto contém gravações, dados fiscais e bancários, perícias contábeis e relatórios de investigação. As peças da ação penal vistas por ÉPOCA incluem o relatório nº 45/2010, que contém os diálogos captados em interceptações telefônicas, com autorização judicial, feitas entre 25 de fevereiro e 11 de março do ano passado.

As conversas mostram uma frenética movimentação de Agnelo Queiroz e do policial militar João Dias para se defender em um processo. Diretor de duas ONGs, Dias obteve R$ 2,9 milhões do programa Segundo Tempo para ministrar atividades esportivas a alunos de escolas públicas.

Nas conversas, Dias quer ajuda para acobertar desvios de conduta e de dinheiro público. Ele busca documentos e notas fiscais para compor sua defesa em uma ação cível pública movida pelo Ministério Público Federal. O MPF cobra de Dias a devolução aos cofres públicos de R$ 3,2 milhões, em valores atualizados, desviados do Ministério do Esporte.
Foto: Igo estrela/ÉPOCA

COOPERAÇÃO - O professor Roldão de Lima é acusado de ter fornecido documentos para a defesa de João Dias. O encontro entre eles foi filmado pela polícia.

Personagem da crônica política de Brasília, João Dias ajudou, com suas declarações, a derrubar Orlando Silva na semana passada. Dias nem precisou apresentar provas de que Silva teria recebido pacotes de dinheiro na garagem do ministério. Suas acusações levaram à sexta baixa no primeiro escalão da equipe da presidente Dilma Rousseff.


O pretexto para a demissão foi a abertura, na terça-feira, de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a acusação de Dias e denúncias de que o Ministério do Esporte se transformara num centro de arrecadação de dinheiro para o PCdoB. Com a queda de Orlando Silva, o foco se transfere para o governador Agnelo Queiroz, contra quem existem suspeitas ainda mais consistentes.


Os principais interlocutores nas conversas gravadas pela polícia são João Dias, Agnelo Queiroz, o advogado Michael de Farias (defensor do policial) e o professor Roldão Sales de Lima, então diretor da regional de ensino de Sobradinho – cidade-satélite de Brasília onde atuavam as duas ONGs de João Dias. Era com Lima que Dias tratava do cadastro das crianças carentes que deveriam ser beneficiadas pelo programa Segundo Tempo.


Na ação cível há um dado impressionante: as ONGs de João Dias receberam recursos para fornecer lanches para 10 mil crianças. Mas só atenderam, de forma precária, 160.
Foto: Dida Sampaio/AE
SOCORRO - Em outro diálogo, João Dias deixa recado para Agnelo: o prazo para arrumar documentos para sua defesa estava no final. Do lado vê-se carros pertencentes ao policial militar. Entre eles está um Camaro.
Pressionado pelo Ministério Público, Dias (foto acima) foi à luta para amealhar elementos capazes de justificar tamanho disparate. Às 12h36 do dia 4 de março de 2010, ele telefonou para Agnelo Queiroz, então diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dias pediu a Agnelo para “dar um toque” em Lima e reforçar seu pedido de ajuda ao professor.

Dias queria que Lima fornecesse documentos para sua defesa. Na gravação, ele avisa que vai marcar um encontro entre Agnelo e Lima, para que esse pedido seja feito pessoalmente. Menos de uma hora depois, Dias, que estava num restaurante com Lima, telefonou novamente a Agnelo. Entregou o celular para Lima falar com ele. De acordo com a transcrição dos diálogos, feita por peritos do Instituto de Criminalística do Distrito Federal, Agnelo diz a Lima que precisa de sua ajuda. Afirma que vai combinar com João Dias para os três conversarem, porque Roldão (Lima) “é peça-chave neste projeto”.

Qual seria o projeto? Segundo a investigação da polícia, trata-se de apresentar uma defesa à Justiça Federal capaz de livrar Dias da cobrança milionária. Pouco antes das 13 horas do dia 9 de março, o advogado Michael de Farias disse a Dias para ficar tranquilo, que tudo estaria pronto para ser entregue à Justiça três dias depois. Só faltaria, disse Michael, “agilizar a questão do Roldão (Lima)”. Na gravação, Michael afirma que eles “já vão confeccionar os documentos só para o Roldão assinar, já vai tudo pronto”. Dias diz que dessa forma fica melhor e, em seguida, liga para Agnelo e marca um encontro para uma conversa rápida e urgente. Cerca de duas horas depois, Dias volta a telefonar a Agnelo e adia o encontro.



No final da tarde do dia 9, Dias falou com Lima. O professor Lima disse que ficou até de madrugada numa reunião em que foram fechadas “as planilhas, os projetos”.

De acordo com a polícia, Lima estava no escritório do advogado Michael. No dia seguinte à tarde, Michael disse a Dias que já havia “confeccionado a defesa e as cartas de Roldão (Lima)”. Até aquele momento, Lima não assinara nada.

À noite, Dias ligou para dois celulares de Agnelo e deixou o mesmo recado nas secretárias eletrônicas: “O prazo máximo para apresentar a defesa é sexta-feira, preciso muito de sua ajuda”. Às 20h22, Dias finalmente consegue falar com Agnelo e avisa “que sexta-feira tem de apresentar o negócio lá”.

A polícia descobriu, pelas conversas grampeadas, onde Lima se encontraria com Dias para entregar os documentos a ser incorporados a sua defesa. O encontro ocorreu no Eixo Rodoviário Norte, uma das principais avenidas de Brasília, no começo da tarde da sexta-feira 12 de março. Dias parou seu Ford Fusion e ligou o pisca-alerta. Em seguida, Lima parou seu Fiat Strada atrás e entrou no automóvel de Dias.

Eles não sabiam, mas tudo era fotografado por agentes da Divisão de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal. As imagens mostram que Lima carregava uma pasta laranja ao entrar no carro de Dias. Saiu do veículo sem ela. Três horas depois, os advogados de Dias entregaram sua defesa na Justiça Federal.

De nada adiantou todo esse esforço. Um laudo da PF constatou que havia documentos “inidôneos” na papelada apresentada pela defesa de Dias. Três semanas depois, ele e outras quatro pessoas foram presas por causa de fraudes e desvio de dinheiro público no Ministério do Esporte. Mesmo com todas as evidências registradas nas gravações de suas conversas, Dias nega ter recorrido a Agnelo para ajudá-lo em sua defesa.

O professor Lima afirma que, nas conversas por telefone e nos encontros com Dias, só falava de política. Mas admite que, “num dos encontros, João Dias me passou o telefone para conversar com Agnelo”. Lima afirma não se lembrar da pasta laranja entregue no encontro.

As gravações telefônicas revelam também uma intimidade entre Agnelo Queiroz e João Dias, que os dois hoje insistem em esconder. A relação entre os dois envolveu a intensa participação do PM na campanha de Agnelo para o governo do Distrito Federal no ano passado. Eles afirmam que estiveram juntos apenas nas eleições de 2006, quando Agnelo concorreu ao Senado, e Dias a uma cadeira na Câmara Legislativa – ambos pelo PCdoB.

Os diálogos em poder da Justiça mostram outra realidade. No dia 4 de março de 2010, Dias perguntou a Agnelo como estavam os preparativos para o dia 21 de março, data em que o PT de Brasília escolheria seu candidato ao governo. Agnelo disse que estavam bem, seus adversários estavam desesperados.

Em resposta, Dias afirmou que ele e o major da PM Cirlândio Martins dos Santos trabalhavam para sua candidatura nas prévias do PT em várias cidades-satélite de Brasília. Na disputa, Agnelo derrotou Geraldo Magela, hoje secretário de Habitação do Distrito Federal.

Em outra gravação, Dias informa Agnelo sobre o resultado de uma pesquisa eleitoral em que ele ultrapassara o ex-governador Joaquim Roriz. ÉPOCA ouviu de integrantes da campanha de Agnelo que, mesmo depois de sua prisão, Dias teve papel importante nas eleições. A campanha de Weslian Roriz – mulher de Roriz, que o substituiu na disputa – mostrou na TV um dos delatores do envolvimento de Agnelo nas fraudes no Ministério do Esporte. Isso teve impacto na campanha do ex-ministro. Quem deu a solução foi Dias: com poder de persuasão, ele convenceu uma tia da testemunha a desqualificar seu depoimento na televisão. Mais tarde, a tia foi agraciada com um emprego no governo. No novo governo, Dias foi beneficiado. Indicou seu melhor amigo, Manoel Tavares, para a presidência da Corretora BRB, o banco do governo do Distrito Federal.

O governador e ex-ministro Agnelo Queiroz respondeu por escrito a 13 perguntas feitas por ÉPOCA. Ele afirma que o inquérito da Polícia Civil é montado.

“O inquérito foi uma tentativa de produção de um dossiê para inviabilizar a (minha) candidatura”, diz Agnelo.

“A origem do inquérito infelizmente foi direcionada por uma parte da Polícia Civil, ainda contaminada pelas forças políticas do passado. Uma farsa.” Agnelo diz que ele e João Dias eram “militantes da mesma agremiação partidária, ambiente em que surge o conhecimento” e que é “fantasiosa” a afirmação de que acolheu “indicação de João Dias para cargos no governo”.

Apesar de continuar na Polícia Militar, Dias tornou-se um próspero empresário. Em outro relatório da polícia em poder da Justiça Federal, de número 022/2010, gravações telefônicas mostram que Dias é o verdadeiro dono de academias de ginástica registradas em nome de laranjas.

“Tal fato é um forte indício de que João Dias está utilizando as academias para ‘lavar’ o dinheiro oriundo de supostos desvios de verbas públicas”, diz o relatório policial. Dias tem quatro carros importados. O mais vistoso é um Camaro laranja, 2011, importado do Canadá em julho.

Em entrevista a ÉPOCA, ele afirmou que adquiriu o Camaro numa transação comercial. O veículo está registrado em nome do motorista Célio Soares Pereira. Célio é o empregado de Dias que diz ter entregado dinheiro no carro do então ministro Orlando Silva na garagem do Ministério do Esporte.

Em depoimento à Polícia Federal, Dias mudou sua versão sobre a entrega de dinheiro a Silva. Ele disse que era “muito pouco provável que o ministro (Orlando Silva) não tivesse visto a entrega dos malotes (de dinheiro)”.
Foto: Agencia Brasil

MAIS FAXINA - O ex-ministro do Esporte Orlando Silva, do PCdoB, no Palácio do Planalto, após sua demissão, na semana passada e o colega de partido Aldo Rebelo, que o substituiu com a missão de moralizar a pasta. Não vai ser fácil.
Diferentemente de Dias, Geraldo Nascimento de Andrade – principal testemunha de acusação contra Agnelo Queiroz sobre desvio de dinheiro do Ministério do Esporte – confirmou, em todos os depoimentos, ter pessoalmente entregado R$ 256 mil a Agnelo. Em um vídeo a que ÉPOCA teve acesso, Andrade descreve com detalhes como fez dois saques no Banco de Brasília, transportou e entregou o dinheiro ao atual governador.

Andrade sabe mais. Na gravação, ele liga as fraudes no Esporte ao Ministério do Trabalho. Andrade afirma que notas frias foram usadas para justificar despesas fictícias em convênios do programa Primeiro Emprego. O maior convênio apontado por Andrade, de R$ 8,2 milhões, foi firmado com a Fundação Oscar Rudge, do Rio de Janeiro. Andrade, que morava em Brasília, afirma ter ido ao Rio de Janeiro para sacar dinheiro da conta de um fornecedor da fundação, uma empresa chamada JG.

Ele diz que passava os valores para representantes da entidade. A presidente da fundação, Clemilce Carvalho, diz que a JG foi contratada por pregão e prestou os serviços. Filiada ao PDT, mesmo partido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ela foi candidata a deputada federal em 2006.

Lupi está ameaçado de perder o emprego na reforma ministerial, planejada para o início de 2012. Os ministérios do Esporte e do Trabalho têm, em comum, o fato de ser administrados há anos pelos mesmos partidos da base de apoio ao governo federal. O modelo dá sinais de que começa a ruir.
*Acrescentamos comentários e alteramos legendas da publicação original

SÓ QUEM É CANDIDATO


Junior do Algodão, Brás, Pablo, Jânio e Jó


 Após um final de semana muito movimentado, somente neste domingo, o Ex-Prefeito Jânio Arruda (PSD), foi visto logo pela manhã, tomando um café na fazenda de uma família amiga, na comunidade do Jaburu. 
Brás, André, Pablo, Jânio, e Jó
 Às 10:30 hs, já estava atendendo amigos em sua residência, ao meio-dia, fez uma visita ao Sítio Cafundó, onde fica localizada a Rampa do Pepê, onde dialogou com voadores e amantes do vôo livre, que ali se encontravam, aguardando uma boa corrente de ar para assistirem as belezas dos vôos de asa delta; às 14:00 hs, estava almoçando com o amigo aniversariante do dia “Doca de Lino”, no Bairro Zamba, às 16:00 hs, já estava na casa do velho amigo Bila Lage, no Sítio Oiti, de onde foi participar da Festa do Padroeiro “Frei Galvão”. 


Primeiro Santo Brasileiro, que é o homenageado daquela comunidade, após o evento visitou amigos lá no Oiti e em seguida, na Comunidade de Mateus Vieira. Às 21:00 hs, foi localizado no Bairro Brasília, ainda conversando com amigos. Com uma agenda dessas e com esse pique todo, só podemos deduzir que o homem está se preparando para 2012.  


Fonte: www.junioralbuquerque.net

domingo, 23 de outubro de 2011

Médico, que deu dois anos de vida a Chávez, teve que fugir


O cirurgião Salvador Navarrete que numa entrevista a revista mexicana Milenios, disse que o tumor maligno de origem muscular instalado na pélvis Hugo Chavez é muito agressivo e que a expectativa de vida nestes casos pode ser de até dois anos, foi perseguido e ameaçado pela polícia secreta do presidente e teve que deixar o país, às pressas, temendo pela sua segurança e dos seus familiares. De repente a expectativa de vida do médico ficou mais curta do que a que ele previu para o presidente.
Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters 
O presidente Hugo Chávez, na pele de romeiro, recebe a bênção do cardeal Mario Moronta durante uma missa no santuário Cristo de la Grita, no estado de Tachira, dia 20, disse está pagando uma promessa pela “cura” do câncer. (?)
Postado por Blog de Cinthia
Fontes:G1, Portal Terra, TVI 24, Milenio, Informe 21, Wahington Post, Tal Cual, Punto Medio - Noticias

O médico Salvador Navarrete, ex-integrante de uma equipe que cuidou da saúde de Hugo Chávez, sentiu-se ameaçado pela polícia secreta do presidente e fugiu da Venezuela, com a família. Ele havia afirmado à revista mexicana "Milenio", em entrevista concedida ao jornalista Víctor García Flores, publicada no domingo passado, 9, que o câncer do presidente venezuelano é um agressivo tumor maligno e que sua expectativa de vida pode chegar a apenas dois anos, 

"A informação que eu tenho da família é de que ele tem um sarcoma, um tumor de prognóstico muito ruim e estou quase certo de que essa é a realidade", disse o médico venezuelano ao repórte mexicano.

Navarrete afirma que integrou a equipe de três médicos venezuelanos que cuidou da saúde de Chávez durante alguns anos no Palácio de Miraflores, antes que ele fosse diagnosticado com câncer e começasse a ser atendido por médicos cubanos.

"Quando digo que a previsão não é boa significa que a expectativa de vida pode ser de até dois anos. Isto explica a decisão de antecipar as eleições", disse Navarrete à revista.

Sobre a razão de Chávez ter decidido se tratar com médicos cubanos, Naverrete disse: "na Venezuela o presidente Chávez não confia em ninguém, só nos cubanos". De acordo com o médico, Chávez assumiu esta atitude depois do golpe de Estado contra ele.

"Os acontecimentos posteriores [à entrevista] me obrigaram a sair do país com a minha família de maneira abrupta, algo que não desejava e que não tinha planejado fazer", disse Navarrete em carta aberta publicada nesta sexta, no jornal venezuelano “Tal Cual”.

Colegas do médico disseram ter presenciado a polícia invadira o consultório de Navarrete, em uma clínica da zona leste de Caracas, para vasculhar prontuários e computadores. Uma fonte acrescentou que a casa de alguns parentes de Navarrete também foi revistada. O médico divide consultório com um irmão e um filho.
“No soy un traidor a la Patria, la Patria no es el presidente” – disse o Doutor Navarrete na carta

Na carta, o médico -- qualificado como partidário de Chávez por alguns conhecidos – a firmou que "preocupa que o presidente e seu entorno político não conheçam a magnitude da sua enfermidade, já que ela foi administrada em completo hermetismo."

"Os motivos que me impulsionam são a saúde do presidente e o impacto político que isso terá na Venezuela", acrescentou. 

Na carta o médico explica que as suas declarações tiveram por base “informação oficial” e a sua condição profissional, afirmando estar preocupado “que o presidente e o seu entorno político não conheçam a magnitude da sua doença, que tem sido tratada com um completo hermetismo”.

“As consequências de um desenlace fatal e a importância de informar tanto a sua organização e grupos que o apoiam, como os grupos políticos que o contestam, foram as razões que me levaram a abordar este delicado assunto”, explica. 

Para Navarrete, o desaparecimento de Hugo Chávez neste momento “poderia ser mais traumático do que os políticos percebem”. 

No consultório de Navarrete, suas secretárias disseram que ele suspendeu as consultas indefinidamente e transferiu os casos pendentes a colegas. 

Regressando nesta semana da quarta etapa do tratamento quimioterápico em Cuba, Chávez disse estar curado e pagou uma promessa no santuário do Cristo de la Grita, no oeste do país. 

Especialistas ouvidos pela Reuters advertiram, no entanto, que é precipitado para Chávez dizer que ele está livre do câncer, pois geralmente a remissão só é declarada dois anos após o tratamento. 

Surpreende as declarações, pouco éticas e reveladoras, sobre o seu paciente Hugo Chávez, do doutor Navarrete, principalmente, por ser ele um dos mais conceituados e destacado médico venezuelano. Seu currículo inclui três dezenas de trabalhos científicos publicados, o posto de Chefe da equipe Cirúrgica do Hospital Universitário de Caracas e professor da Faculdade de Medicina de la Universidad Central de Venezuela. É membro da Asociación Latinoamericana de Cirugía Endoscópica, The Society of Laparoendoscopic Surgens y de la Sociedad Española de Cirugía Laparoscópica, entre outras.
Foto: Leo Ramírez/AFP 
Chávez tem personalidade bipolar, com episódios de perda de contato com a realidade, afirmou o doutor Navarrete
Além de prognosticar a possibilidade de uma curta sobrevida de Hugo Chávez, na entrevista o médico falou também que o presidente sofre de uma doença chamada psicose maníaco-depressiva e que foi durante algum tempo tratado por um grupo de psiquiatras, liderados por Dr. Edmundo Chirinos, médico que foi condenado em 2010 a 20 anos de prisão pelo assassinato de um paciente em 2008. 

O tratamento, segundo o médico, visa compensar as manifestações de instáveis estados mentais de Hugo Chávez, levando-o abruptamente da euforia à tristeza, estados em que a personalidade torna-se dissociada e com episódios de perda de contato com a realidade. Resumindo o médico diz que o presidente venezuelano sofre do transtorno bipolar. 

Ontem, uma junta médica, ligada ao presidente, deu uma entrevista coletiva, com o fito de rejeitar as declarações feitas pelo Dr. Salvador Navarrete.

Dr. Fidel Ramirez, chefe da equipe, disse que as declarações do Dr. Navarrete "falta base científica e, portanto, da verdade". "Dr. Navarrete nunca teve oportunidade de fazer qualquer avaliação médica para o presidente Chávez, nem teve acesso a qualquer informação clínica para pronunciar-se sobre o estado de saúde do Presidente e muito menos ainda sobre o tipo de câncer que o teria sido diagnoticado, nem o seu prognóstico ".

Mas Earle Siso, diretor Carlos Arvelo Hospital Militar, disse que Chávez teve câncer mas que foi tratada a tempo, por isso a saúde de Chávez é boa. "Posso dizer que ele é um homem com extrema lucidez, eu diria que está acima da média para cenários externos”.

Daqui de fora, não dá para saber se o câncer de Chávez é tão agressivo, mas dá para saber que o diagnostico de bipolar, bem que pode se encaixar com os seus atos de megalomanias e mania de perseguição. Daqui a dois anos, vamos saber quem está falando a verdade.
Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters 
Depois de pagar a promessa pela “cura” do câncer, Hugo Chávez desfilou de carro aberto e fez um pouco de pré-campanha, que não é bobo nem nada...

Cristina Kirchner será reeleita

As eleições da Argentina foram decididas de véspera. Ninguém acredita que nenhum candidato da oposição possa fazer frente a atual presidenta do Partido Justicialista. Nem de longe a soma dos votos de todos os candidatos da oposição, pode assombrar a atual ocupante da Casa Rosada, ameaçando-a com um segundo turno. Tudo vai se resolver nesse domingo e a seu favor. Ainda por cima, estima-se que ela terá uma esmagadora votação e fará maioria nas duas casas legislativas. Será uma vitória histórica e retumbante, algo que jamais se poderia imaginar há dois anos atrás.

Martin Acosta/Reuters 
"A morte de Nestor Kirchner (2003-2007), fez Cristina parecer uma figura nova (na política).
Postado por Blog de Cinthia
Fontes:Fox News, Wikipedia, Coluna de Vitor Hugo Soares, BBC Brasil

Neste domingo, 23 de outubro, Cristina Elisabet Fernández de Kirchner (Cristina Kirchner), 58 anos, do Partido Justicialista, será reeleita presidenta da Argentina, garantindo mais quatro anos na Casa Rosada. Passa a ser a pessoa que mais tempo residirá no Palácio presidencial, em Buenos Aires: somando os oito anos como primeira dama, os quatro desse atual mandato e mais quatro do próximo, serão 16 anos, ininterruptos. 

Sua reeleição é assegurada como certa, por todos os meios possíveis de previsão, inclusive pelas pesquisas encomendadas pela oposição. A dúvida situa-se, apenas, em quão retumbante serão os números. As últimas pesquisas indicam que 57% dos argentinos vão escolher o seu nome da hora de votar. Análises mais detalhadas, porém, dizem que não será surpresa se ela obtiver algo como 60% dos votos válidos. Uma vitória que entrará para a história política do país. “Fenômeno assim de fazer inveja mesmo quando comparado aos melhores desempenhos no passado de Juan Domingos Perón, o criador do justicialismo, quase divindade popular de prestígio considerado até agora insuperável em seu país.”

Note-se que o oposicionista que está melhor colocado nas pesquisas, depois dela, é o social democrata Hermes Binner, com magros 16%, das intenções de voto. O resto da oposição pulverizou-se em mais 20%. Para os analistas o candidato oposicionista Hermes Binner, governador da província de Santa Fé, da Frente Ampla Progressista (FAP) conseguiu se destacar dos demais, devido a sua postura pouco crítica e sem enfrentamentos a política da atual presidenta. 

No próximo domingo, além de escolher o presidente, os eleitores também irão renovar parte da Câmara dos Deputados e o Senado, além de alguns governos e legislaturas provinciais. Por isso, os candidatos da oposição, estão centrando seus discursos, numa tentavia de evitar, também, uma possível e previsível derrota no Congresso Nacional. Atualmente, a oposição tem maioria na Câmara e o governo maioria no Senado. 

Alfonsín, filho do ex-presidente Ricardo Alfonsín (1983-1989), pediu que os eleitores deem seu voto para que a oposição possa "controlar o governo no Congresso".

"Se não formos eleitos para a Presidência pelo menos devemos ser fortes no Congresso", afirmou. 

Na mesma linha , o deputado da oposição Adrián Pérez, candidato a vice na chapa da Coalición Cívica (CC) disse que "devemos pelo menos trabalhar para evitar que o governo tenha maioria no Congresso".

Entrevistados pela BBC Brasil, os deputados da oposição Adrián Pérez, da Coalición Cívica, e Federico Pinedo, do PRO ( Propuesta Republicana), apontaram o crescimento da economia e a fragmentação da oposição como fatores "decisivos" para explicar o favoritismo de Cristina.

"Existe uma grande possibilidade de que o governo vença e com comodidade", afirmou Pérez. "O país está crescendo fortemente há quase oito anos e gerando maior consumo".
Foto: Marcos Brindicci/Reuters 
Cristina Kirshner em campanha
"A morte de Nestor Kirchner (2003-2007), fez Cristina parecer uma figura nova (na política). Na verdade, o governo dela, sozinha, só tem um ano, desde a morte dele." “Até então, ambos eram chamados de "o casal presidencial". -comentou o analista político Rosendo Fraga, do Centro de Estudos Nova Maioria. 

Para Pérez, os eleitores avaliam que o governo Kirchner "enfrentou bem" a crise de 2008 e que estaria pronto para outros momentos de insegurança, apesar dos possíveis efeitos da crise internacional na economia argentina. 

O mais surpreendente é que, há dois anos, essa possibilidade era impensável. O país estava mergulhado numa crise econômica descontrolada, greves e confrontos de agricultores e sindicalistas com o seu governo, e seus índices de popularidades despencando a níveis vexatórios. 

Oficialmente, pelos institutos de pesquisa do governo, a Argentina será, este ano, o segundo país com a maior taxa de crescimento do mundo, depois da China. 

Segundo dados do Ministério da Economia, o país registrou crescimento anual de cerca de 7% desde que o ex-presidente Néstor Kirchner assumiu a Presidência, em 2003, e neste ano a cifra deverá superar os 8%.

O índice oficial de pobreza caiu para menos da metade, e a geração de empregos formais (de carteira assinada) subiu com a criação de mais de 3 milhões de vagas neste período. 

Mas esses números oficias são fortemente questionáveis. Principalmente no que tange as estatísticas oficiais de inflação, que afetam dados sobre os reais níveis de pobreza no país. A fuga de capitais do sistema financeiro aumentou durante a campanha, e foram intensificadas as críticas sobre o nível de dependência da economia argentina em relação à brasileira e do preço da soja no mercado internacional. 

Apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, o questionamento da veracidade dos índices econômicos ainda faz sombra na campanha da presidente Cristina Kirchner, favorita para vencer o pleito presidencial deste domingo.
Foto: Enrique Marcarian/Reuters 
"As pessoas não entendem por que o governo não assume que a inflação é alta e resolve o problema", disse a economista Mariel Fornoni, do instituto de pesquisas de opinião Management Fit. 

Pelos cálculos do INDEC (equivalente ao IBGE na Argentina), a inflação anual é de cerca de 10%. Pelas estimativas dos governos provinciais e das consultorias privadas, porém, a inflação anual estaria em torno de 25%.

Dados oficiais indicam que a pobreza está em torno dos 8%, após ter atingido 54% quando Kirchner assumiu, logo após a histórica crise econômica de 2001-2002. Mas para especialistas como Ernesto Kritz, da Sel Consultores, e Artemio López, da consultoria Equis, o índice de pobreza ainda é de cerca de 20% (entre 8 e 10 milhões de pessoas). 

Crítico do governo, o ex-presidente do Banco Central, economista e deputado da oposição Alfonso Prat-Gay, da Coalición Cívica (CC), disse que a Argentina está "jogando fora uma oportunidade" e que deveria aproveitar melhor este momento de crescimento. 

"A economia cresce, mas a inflação é maquiada, o governo aumentou o gasto público e estamos jogando fora uma oportunidade para resolver problemas estruturais do país, como questões de infraestrutura", disse Prat-Gay. 

Para ele, o governo gerou uma "fantasia" que inclui os subsídios estatais para setores como transporte público e energia elétrica, graças aos quais as tarifas estão congeladas, apesar da escalada de preços. 

"Em algum momento o governo deverá ajustar esses números, e temo que esta conta sobrará para a população", disse. Para ele e para outros parlamentares da oposição, como Adrian Perez, da CC, e Federico Pinedo, do PRO, a população optou por aumentar o consumo para "proteger seu dinheiro" diante da inflação. 

Estudos privados, divulgados pela imprensa local, indicam que, entre créditos pessoais para compras e para viagens, a alta teria sido de 40% em um ano. Prat-Gay argumenta que são créditos para consumo principalmente de eletrodomésticos e automóveis, mas não de longo prazo como para a casa própria, "o que indica a desconfiança" no atual momento econômico. 

Para compensar a alta de preços, o governo e as empresas estão promovendo o aumento nos benefícios sociais e nos salários. Segundo Kritz, os salários da economia formal estão subindo acima da inflação, levando os principais sindicatos do país a apoiarem a reeleição da presidente.

Na radiografia da economia argentina, opositores apontam a fuga de capitais como mais um sintoma da "desconfiança" no atual modelo econômico. 

"No primeiro semestre os argentinos compraram dólares devido ao clima eleitoral. Agora compram porque temem que o dólar possa subir depois das eleições", disse o economista Francisco Gismondi, do Banco Ciudad. 

Comprar dólares é tradição no país, mas sua intensidade é um dos poucos sintomas de campanha eleitoral no país, já que não existem passeatas ou outras marcas pré-eleitorais. 

Para economistas, como Marcelo Elizondo, da consultoria DNI, a economia argentina continua dependente das exportações da soja e da saúde da economia brasileira – principal mercado para suas exportações. 

"E somente depois das eleições vamos saber como o governo vai resolver desarranjos como a inflação e os subsídios ao setor público. E se pagará ou não o Clube de Paris, transmitindo maior confiança também ao mercado externo. Será então a hora da verdade", disse.


Mas aí, já será tarde demais.
Fotos: Reuters 
TODOS OS CANDIDATOS: Concorrem amanhã ao cargo de presidente da Argentina: Cristina Fernandez de Kirchner, o Governador Hermes Binner, o deputado Ricardo Alfonsin, o Governador Alberto Rodriguez Saa e Eduardo Duhalde, peronista dissidente.

Morreu Muammar Kadhafi, o ditador líbio

Kadhafifoi encontrado escondido num esgoto, encurralado após um ataque aéreo da OTHAN, a um comboio onde ele se encontrava. Capturado vivo, acabou morto com um tiro na cabeça, segundo a versão do governo interino da Líbia, atingido por uma bala anônima, num fogo cruzado(?)
Fotos: Ben-Curtis/Associated Press e Mahmud Turkia/AFP/Getty Images 


 
GLÓRIA E MORTE - As imagens mostram dois momentos do ditador Gadhafi: trajando um vistoso uniforme de Comandante em Chefe das Forças Líbia e sem vida, alvejado após ter se escondido, como um rato, num esgoto da sua cidade Natal, Sirte.
Postado por Blog de Cinthia
Fontes:Reuters , Al Jazeera, The New York Times, BBC Brasil, Washington Post, G1 

Muammar Kadhafiestá morto, anunciaram os novos líderes da Líbia. O antigo líder foi morto por combatentes que invadiram a cidade natal dele e seu último bastião nesta quinta-feira. Seu corpo ensanguentado foi exibido ao redor do mundo a partir de uma imagem de celular.

Autoridades seniores do governo interino, que colocou fim ao governo de 42 anos há dois meses, afirmaram que a morte dele permitirá uma declaração de "libertação" após oito meses de derramamento de sangue. O atual governo enfrenta dificuldades para subjugar milhares de homens leais ao antigo líder.
Foto: Reprodução TV 

O primeiro-ministro líbio Mahmoud Jibril, do governo provisório, confirmando a morte de Kadhafi
"Nós confirmamos que todos os males, mais Gaddafi, desapareceram deste querido país", disse o primeiro-ministro Mahmoud Jibril em Trípoli, enquanto o corpo era levado como um prêmio de guerra a Misrata, a cidade cujo cerco e sofrimento sob as mãos das forças de Kadhafia tornaram um símbolo da causa rebelde. 

"É o momento de dar início a uma nova Líbia, a uma Líbia unida", acrescentou Jibril. "Um povo, um futuro." Uma declaração formal de libertação, que dará início a uma contagem regressiva para uma eleição, será feita na sexta-feira, disse ele mais tarde. 

Há poucos detalhes da operação que teria resultado na morte de Khadafi. A Otan (aliança militar ocidental) afirmou que bombardeou dois veículos com forças leais ao líder deposto na manhã desta quinta-feira, perto de Sirte, mas não ficou claro se o bombardeio matou o coronel. Chegaram a circular informações de que Khadafi teria sido capturado com vida. Logo em seguida, entretanto, a TV árabe Al-Jazeera exibiu imagens do que dizia ser o corpo de Khadafi. 

Outro vídeo, com imagens granuladas, que circulava entre combatentes do CNT, mostrava o que seria o cadáver de Khadafi. 

As imagens mostram vários combatentes aparecem comemorando, com gritos de júbilo, ao redor de um corpo vestido com uma roupa cáqui - semelhante a vestes usadas pelo ex-líder líbio. O cadáver tem o rosto manchado de sangue, e uma aparente ferida de bala do lado da cabeça. 

Um combatente do CNT disse à BBC que encontrou Khadafi "escondido em um buraco em Sirte", e que ele teria implorado para não ser morto a tiros. O combatente mostrou aos jornalistas da BBC uma pistola dourada, que segundo ele teria sido tomada de Khadafi. 

Canais de TV árabes também mostraram imagens de tropas cercando duas grandes tubulações, onde, segundo repórteres, Khadafi teria sido encontrado. 

Líderes ocidentais, que tiveram a cautela de não se pronunciarem antes da declaração de Jibril, ecoaram seus sentimentos agora que Gaddafi, autoproclamado "rei dos reis" na África, morreu aos 69 anos. 

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que, ao lado do presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi um dos primeiros defensores da revolta de fevereiro em Benghazi, afirmou: 

"O povo da Líbia hoje tem uma chance ainda maior depois dessa notícia de construir um futuro democrático e forte."
Foto: Mahmud Turkia/AFP 
A nova bandeira nacional, retomada pelos rebeldes que forçaram Kadhafi a fugir da capital Trípoli em agosto, tomava as ruas e praças, enquanto a multidão festejava e disparava para o alto. 

Em Sirte, que já foi um vilarejo de pescadores e como cidade natal de Kadhafi ganhou esquemas grandiosos e se tornou uma nova "capital da África", os combatentes dançavam e exibiam uma pistola dourada, que, segundo eles, foi retirada de Gaddafi. 

Os relatos sobre as horas finais do ex-líder foram confusos. Aparentemente, elas custaram a vida de assessores importantes. Mas as principais autoridades do Conselho Nacional de Transição, incluindo Abdel Majid Mlegta, afirmaram que ele morreu em decorrência dos ferimentos que sofreu em confrontos.
Fotos: Mauricio Lima/ The New York Times e Esam Al-Fetori/Reuters 





A comemoração das tropas rebeldes
Uma descrição possível, feita a partir de várias fontes, sugere que Kadhafipode ter tentado sair de seu último reduto ao alvorecer em um comboio de veículos após semanas de resistência. 

Entretanto, ele foi detido por um ataque aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e capturado, possivelmente três ou quatro horas depois, após tiroteios com combatentes do CNT, que o encontraram escondido em uma galeria pluvial. 

A Otan informou que seus caças dispararam contra um comboio perto de Sirte por volta das 8h30 (4h30 no horário de Brasília), atingindo dois veículos militares do grupo, mas não pôde confirmar se Kadhafi estava em algum deles. 

Os relatos de seus inimigos sugerem que a captura e a morte logo depois decorrente dos ferimentos podem ter ocorrido por volta do meio-dia.
Foto: Mahmud Turkia/AFP/Getty Images 

O corpo sem vida de Mo'tassim Kadhafi, o filho do ditador
Um dos filhos de Kadhafi, Saif al-Islam, continuava solto, acreditam eles. Mlegta, do CNT, disse à Reuters que ele foi cercado depois de também tentar fugir de Sirte. Um outro filho, Mo'tassim, cuja prisão foi anunciada no começo do dia, foi morto ao resistir à prisão, acrescentou Mlegta. 

Ele disse que Kadhafi foi ferido em ambas as pernas no começo da manhã enquanto tentava fugir em um comboio que foi atacado por caças da Otan. "Ele também foi atingido na cabeça", disse ele. "Houve muitos disparos contra o grupo dele e ele morreu." 

Não foram poucos os combatentes do CNT em Sirte que disseram ter visto o ex-líder morrer, mas muitos relatos eram conflitantes.
Fotos: Philippe Desmazes/AFP e Mauricio Lima/ The New York Times 



O esgoto onde o ditador estava escondido.
A televisão líbia exibiu um vídeo de duas galerias pluviais, de cerca de 1 metro, onde afirmou que os combatentes encurralaram o homem que por muito tempo inspirou temor e admiração ao redor do mundo. 

Na versão oficial dada pelo premiê líbio, Mahmoud Jibril, citando um laudo pericial, diz que Kadhafi morreu vítima de uma bala na cabeça, durante o fogo cruzado. 

"Kadhafi foi tirado de uma tubulação", na qual tentou se esconder, descreveu Jibril. "Ele não mostrou resistência. Quando começamos a andar com ele, ele foi atingido por uma bala em seu braço direito, e quando o colocamos na caminhonete ele não tinha outros ferimentos."

"Quando o carro se moveu, ele foi atingido no fogo cruzado entre os revolucionários e forças de Kadhafi", continuou Jibril.

O coronel estava vivo quando foi tirado do local, mas morreu minutos antes de chegar ao hospital para o qual seria levado na cidade de Misrata, sempre segundo o laudo citado por Jibril.
Foto: Mahmud Turkia/AFP 

As mulheres comemoram nas ruas de Trípoli
Depois do levante em fevereiro no leste do país ao redor de Benghazi, inspirado pelos movimentos da Primavera Árabe que derrubaram os líderes da Tunísia e do Egito, a revolta contra Kadhafi cresceu lentamente em todo o país até a queda dramática de Trípoli, em agosto.
Foto: Philippe Desmazes/AFP 

Um combatente exibe uma pistola dourada, supostamente uma arma encontrada com Kadhafi, quando da sua captura
Esperava-se o anúncio da liberação final, enquanto o presidente do CNT preparava-se para falar à nação de 6 milhões de habitantes. Agora, eles enfrentam o desafio de transformar o país rico em petróleo em uma democracia que possa acabar com as divisões tribais, étnicas e regionais exploradas por Kadhafie seu clã. 
O período de dois meses desde a queda de Trípoli representou um teste de paciência para a aliança de forças anti-Kadhafi e seus apoiadores árabes e ocidentais, que começaram a questionar a capacidade das forças do CNT de acabar com a resistências dos homens leais a Kadhafi em Sirte e em outras duas cidades. 

Procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sob a acusação de ordenar a morte de civis, Kadhafi foi derrubado pelas forças rebeldes em 23 de agosto, uma semana antes do 42o aniversário do golpe militar que o conduziu ao poder em 1969. Os combatentes do CNT hastearam a bandeira nacional vermelha, preta e verde acima de um grande edifício no centro de um bairro de Sirte e os tiros de comemoração ecoaram entre os camaradas extasiados. 

Centenas de soldados do CNT cercavam a cidade costeira no Mediterrâneo há semanas em uma luta caótica que matou e feriu muitos homens de ambos os lados.
Foto: Manu Braboi/Associated Press e Ismail Zitouni/Reuters - 





A explosão de felicidade.
Os combatentes do CNT afirmaram que havia um grande número de corpos dentro do último reduto das tropas de Gaddafi. Não foi possível verificar imediatamente essa informação.
Foto: Abdel Meguid Al-Fergany / Associated Press 

Kadhafi em prece durante um cerimonia religiosa em Trípoli.

*Utilizamos como base o texto de Rania El Gamal e Tim Gaynor da Reuters
**Alteramos título e acrescentamos subtítulo, comentários, informações de outras fontes, fotos e legendas ao texto original.

O chefe era ele; veja aqui toda a trama escandalosa


ISTOÉ

'Saquei R$ 150 mil para Agnelo'

Principal testemunha da Operação Shaolin e ex-funcionário das ONGs que participaram das fraudes no Ministério do Esporte, Michael Vieira acusa o governador do DF e ex-ministro de ser o principal chefe do esquema e de ter recebido propina

Claudio Dantas Sequeira

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ENROLADO
Governador do DF teria comandado as fraudes no
programa Segundo Tempo, de acordo com testemunha
Nos últimos dias, o escândalo dos desvios de verbas de ONGs ligadas ao Ministério do Esporte, detonado pelo policial militar João Dias Ferreira, atingiu em cheio o ministro Orlando Silva e colocou em xeque a administração de nove anos do PCdoB à frente da pasta. Agora, uma nova e importante testemunha do caso pode dar outros contornos à história, ainda repleta de brechas e pontos obscuros. O que se sabia até o momento era que os comunistas, além de terem aparelhado o Ministério do Esporte, montaram um esquema de escoamento de verbas de organizações não governamentais para abastecer o caixa de campanha do partido e de seus principais integrantes. Em depoimentos ao longo da semana, o PM João Dias acusou Orlando Silva de ser o mentor e principal beneficiário do esquema. A nova testemunha, o auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva, 35 anos, apresenta uma versão diferente. Em entrevista à ISTOÉ, Michael afirma que o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e ex-ministro do Esporte, hoje no PT, mas que passou a maior parte de sua trajetória política no PCdoB, é quem era o verdadeiro “chefe” do esquema de desvio de recursos do Esporte. Até então, Agnelo vinha sendo poupado por João Dias. 

Michael foi a principal testemunha da Operação Shaolin, deflagrada no ano passado pela Polícia Civil do DF e na qual foram presas cinco pessoas, entre elas o próprio soldado João Dias. Seu papel nesse enredo é inquestionável. Michael trabalhou nas ONGs comandadas por João Dias, conheceu as entranhas das fraudes no Ministério do Esportes e, durante um bom tempo, esteve a serviço dos pontas-de-lança do esquema. Sobre esse período, ele fez uma revelação bombástica à ISTOÉ: “Saquei R$ 150 mil para serem entregues a Agnelo (então, ministro)”, disse ele na entrevista.
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COMPLICOU
Denúncias de desvios de verbas do Ministério do Esporte
fragilizaram o ministro Orlando Silva e a administração comunista
Em 2008, Michael já havia denunciado todo o esquema das ONGs no Ministério do Esporte e, desde então, passou a colaborar secretamente com os investigadores. Hoje, se mudou de Brasília e vive escondido. Os depoimentos de Michael serão cruciais para o andamento inquérito 761 sobre o envolvimento de Agnelo, que corre no STJ e deverá ser remetido ao STF pelo procurador-geral da União, Roberto Gurgel. Partícipe do esquema, Michael tem uma série de elementos para afirmar categoricamente que era Agnelo “quem chefiava o esquema”. Durante o tempo em que trabalhou no Instituto Novo Horizonte, o auxiliar administrativo ficou sabendo de entregas de dinheiro e da liberação de convênios, por meio de Luiz Carlos de Medeiros, ongueiro e amigo do governador. “Medeiros falava demais... Sempre comentava que estava cansado de dar dinheiro para Agnelo”, diz. Sobre o ministro Orlando Silva, Michael afirma que ouviu seu nome uma única vez e por meio do delegado Giancarlos Zuliani Júnior, da Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado). “Contei a Giancarlos sobre a existência de um cofre num depósito de João Dias, em que havia armas e documentos que poderiam incriminar algumas pessoas. Aí ele me perguntou se eu sabia do envolvimento de Orlando Silva e da ONG Cata -Vento”, lembra. 

Na entrevista à ISTOÉ, Michael revela ainda que o esquema de fraudes com ONGs de fachada transcende as fronteiras do PCdoB e do Esporte. Atingiria também, segundo ele, o Ministério da Ciência e Tecnologia, então na cota do PSB. Ele conta que chegou a ser convocado pela CPI das ONGs para falar sobre o tema, mas seu nome foi retirado da lista de depoentes na última hora sem qualquer justificativa. Sobre o envolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Michael diz que o Instituto Novo Horizonte chegou a assinar convênios com a Secretaria de Inclusão Social, subordinada à pasta, para a instalação de uma biblioteca digital em Natal, no Rio Grande do Norte, no valor de R$ 2 milhões. Esses contratos, segundo Michael Vieira, teriam sido avalizados pelo então secretário, o atual deputado distrital Joe Valle (PSB), amigo de Medeiros e definido no grupo como laranja de João Dias no comando do Instituto Novo Horizonte. 

Com todo esse arsenal de informações, entende-se por que a investigação sobre as fraudes do PCdoB no Distrito Federal foi deflagrada a partir de denúncia de Michael ao Ministério Público. O que Michael contou à ISTOÉ, com riqueza de detalhes, também está registrado em outros 11 depoimentos que prestou em sigilo à Polícia, ao Ministério Público e à Justiça nos últimos três anos. Michael e o policial João Dias participavam de um mesmo esquema enquanto Agnelo Queiroz ocupou o Ministério do Esporte. Depois, tomaram rumos diferentes. Agnelo se elegeu governador do Distrito Federal e o PM circula ao seu lado até hoje, mesmo sendo réu em um processo que apura desvio de dinheiro público. No governo do DF, emplacou um afilhado político, Manoel Tavares, na BRB Seguros, a corretora do Banco Regional de Brasília, um dos cargos mais cobiçados do governo local. Até bem pouco tempo atrás, o PM mantinha silêncio absoluto sobre as fraudes das quais participou, confiante de que sua relação com autoridades influentes lhe serviria de salvo-conduto. 

“Ele fez isso por dinheiro e para se livrar das denúncias que fiz a seu respeito”, afirma Michael. Ele assegura que João Dias tentou silenciá-lo, primeiro com ofertas financeiras, e depois com ameaças de morte. Por causa do assédio, Vieira entrou no Programa de Proteção a Testemunhas. Mas após alguns meses abriu mão da proteção para tentar retomar sua vida. Hoje, Michael vive com mulher e filhos de pequenos bicos e da ajuda de amigos numa cidade do interior de outro Estado. Não se arrepende de ter denunciado o esquema, mas passou a desconfiar de tudo e todos, especialmente depois que foi usado pelo ex-governador Joaquim Roriz para atingir Agnelo na campanha eleitoral do ano passado.
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LUXO
O PM (acima) que delatou o esquema mora numa mansão em
Sobradinho (DF). Em sua garagem, um Volvo, um Camaro e uma BMW
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À ISTOÉ, Michael pediu que seu rosto não fosse inteiramente revelado. A decisão de romper o pacto de silêncio deve-se, segundo ele, à indignação com a postura de João Dias no episódio. “Não posso aceitar que um cara como João Dias pose de bom-moço para a sociedade”. O desabafo, no entanto, não invalida as denúncias a respeito do esquema no Esporte nem as desqualifica, afinal não se espera que pessoas escaladas para participar de fraudes sejam selecionadas num convento. Mas é fato que João Dias tem uma ficha corrida para lá de complicada. Levantamento da ISTOÉ encontrou nada menos que 15 ocorrências policiais contra o PM, que tem fama de truculento. Há acusações de lesão corporal, roubo e ameaças de morte. Brigas no trânsito, dentro de hospitais e até tentativa de golpe na locação de imóveis e na contratação de funcionários para atuar nos convênios do Segundo Tempo. 

A trama policial tem contaminado o ambiente político em Brasília. Até o final da semana, a presidente Dilma Rousseff, temendo precipitar uma crise com um importante aliado, o PCdoB, hesitava em mudar o comando do Ministério do Esporte. Na quinta-feira 20, Dilma disse a assessores que não agiria sob pressão e reclamou publicamente do “apedrejamento moral” que o ministro do PCdoB estaria sofrendo. Chamou os comunistas de aliados históricos. “Temos de apurar os fatos, temos de investigar. Se apurada a culpa das pessoas, puni-las. Mas isso não significa demonizar quem quer que seja, muito menos partidos que lutaram no Brasil pela democracia”, afirmou. Em Brasília, Orlando Silva reuniu-se por cinco horas com a cúpula do PCdoB. 

Ao chegar de Angola na noite da quinta-feira 20, Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência com a coordenação política do governo. No encontro, comentou que não tinha convicção sobre as denúncias contra Orlando Silva, mas admitiu que o desgaste político sofrido era irreversível. Dilma também consultou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento das investigações na Polícia Federal e no Ministério Público. Na avaliação da presidente, as explicações que o ministro dos Esportes deu na Câmara e no Senado não foram suficientes para reverter o quadro. Pesam também contra Orlando os embates com a Fifa e a CBF para a organização da Copa de 2014. Dessa maneira, o mais provável é que a presidente aguarde os desdobramentos do caso para tomar uma decisão de cabeça fria. Nas fileiras comunistas, caso o PCdoB não perca o ministério, o nome mais cotado para substituir Orlando Silva é o da ex-prefeita de Olinda (PE) Luciana Santos, hoje deputada federal. Seu nome já havia sido sugerido por Dilma quando montou a equipe, mas Orlando acabou mantido por pressão do PCdoB – além de apoio aberto do ex-presidente Lula. Caso a presidente resolva retirar a pasta das mãos dos comunistas, já há articulações para tentar emplacar no cargo o ex-ministro Márcio Fortes, hoje presidente da Autoridade Pública Olímpica. Procurado por ISTOÉ, Agnelo estava fora do País e até o fechamento desta edição não havia se manifestado.
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CONTRATO
Empresa Personnalité, dirigida por uma pessoa ligada a João Dias, trabalha para o MP
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