segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Fim da guerra do Iraque?


Os EUA chegaram a ter 170 mil soldados no Iraque, e agora restam apenas cerca de 4.000, que deverão sair até o final do ano. O contingente em 2012 será de apenas 150. Caberá então ao Iraque enfrentar sozinho a insurgência sunita - enfraquecida, mas teimosa -, as tensões sectárias e a incerteza política. Com um custo econômico na casa dos trilhões de dólares e a perda de quase 4.500 vidas americanas será que a aventura do Iraque valeu a pena, para os americanos? E para os iraquianos?

Foto: Mohammed Ameen/Reuters
NOSTÁLGICA RETIRADA - O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira o encerramento formal da Guerra do Iraque, com a retirada dos últimos soldados do país e o final das operações que duraram quase nove anos, custaram bilhões de dólares e milhares de vidas.


Quase nove anos depois de os primeiros tanques americanos terem ultrapassado a fronteira do Iraque, o Pentágono declarou o fim oficial da guerraa, encerrando um conflito controverso que reformular a política americana e deixou um legado amargo do sentimento antiamericano em todo o mundo muçulmano. – diz o The New York Times

O secretário de Defesa americano, Leon E. Panetta marcou a ocasião com um discurso em um pátio de concreto fortificado no aeroporto de Bagdá, com segurança mais que redobrada e dezenas de helicópteros patrulhando o espaço aéreo acima das cabeças das autoridades.

"Deixe-me ser claro: o Iraque será testado nos próximos dias - pelo terrorismo e por aqueles que procuram dividir, por questões econômicas e sociais, pelas exigências da própria democracia", disse Panetta.

"Os desafios permanecem, mas os EUA vão estar lá para acompanhar o povo iraquiano como eles conduzem os desafios para construir uma nação mais forte e mais próspera."

A guerra iniciada em 2003, como uma das reações militares dos americanos aos ataques as torres gemeas do World Trade Center. Com a busca por Osama Bin Laden no Afeganistão mostrava-se infrutífera, o governo Bush resolveu atacar em outra frente: focou no Iraque insinuando que Saddan Roussen, o ditador iraquiano, “poderia” abrigar grupos terroristas islâmicos e se lançou numa campanha internacional, alegando que o governo iraquiano era uma ameaça mundial, pois estava produzindo armas de destruição em massa.
Foto: Khalid Mohammed/Associated Press

Panetta diz que os Estados Unidos haviam dado uma oportunidade de sucesso aos iraquianos, e que cumpriram a missão de tornar o país soberano e independente, ainda que ao preço de muitas vidas.
As supostas armas de destruição biológica em massa jamais foram encontradas pelas forças de ocupação e sabe-se hoje que tanto os americanos e seus princiapais aliados ocidentais que o apoiaram militarmente na invasão, destacando a Inglaterra, sabiam que a as armas não existiam, antes mesmo da ocupação.



As alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islâmicos nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islâmicos opunham-se a Saddam, pois eram xiitas em sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita e ao contrário do que se imaginava, o Iraque era um dos países mais laicos da região.


Mesmo assim o ditador, Saddan Roussen, acabou capturado e executado, após ter sido condenado à morte por um tribunal iraquiano.


Até o pretexto nobre de que a guerra pretendia levar a democracia para o Oriente Médio, não convence mais ninguém há muito.


A retirada americana abre um novo capítulo para o Iraque, uma nação forjada menos de um século atrás por colonialistas britânicos e torturadas desde então por rebeliões, guerras e ditadura brutal.


Tem uma fronteira entre os impérios persa e árabe, o país ainda se esforça para equilibrar as ambições do Irã, o poderoso vizinho teocrática cujo programa nuclear tornou-se uma profunda preocupação para os Estados Unidos e seus aliados.
Foto: Michael Kamber/The New York Times
Para os americanos, a cerimônia na quinta-feira marcou um momento desconfortável de encerramento, sem noção clara do que tenha sido os ganhos e as perdas. Até a última sexta-feira passada, a guerra tinha ceifado 4.487 vidas americanas e produzido 32.226 americanos feridos na ação, de acordo com estatísticas do Pentágono.

Essas perdas humanas – e a constatação humilhante das falsas motivações ajudou a transformar o sentimento dos americanos em relação à guerra, contribuindo para uma queda na popularidade do presidente George W. Bush durante seu segundo mandato e para a eleição de Barack Obama, que havia se oposto à invasão em 2003 e prometeu durante a campanha e está cumprindo agora, a retirada das tropas do território iraquiano.

Os americanos estão levando as suas tropas, mas como pretendiam, não estão deixando o Iraque com instituições sólidas e seguras a ponto de garantir a permanencia do estado de direito e a democracia plena.

Embora cerimônia, de quinta-feira, representou o fim oficial da guerra, os americanos ainda tem duas bases no Iraque e cerca de 4.000 soldados, incluindo várias centenas que assistiram à cerimônia. No auge da guerra em 2007, havia 505 bases e mais de 170 mil soldados.

As tropas dos EUA deveriam permanecer no país como parte de um acordo que previa o treinamento das Forças Armadas iraquianas. Washington havia solicitado a Bagdá que pelo menos 3.000 soldados permanecessem no país. Mas não houve consenso a respeito da imunidade judicial dos soldados norte-americanos, pleiteada pelos EUA.
Foto: David Leeson
A INVASÃO – 2003 - A foto simbolica mostrando o iraque rendindo e humilhado nas mãos do invasor poderossímo
As lembranças dos abusos, prisões e assassinatos cometidos por soldados norte-americanos ainda assombram muitos iraquianos, e a concessão de imunidade aos militares estrangeiros era um assunto delicado demais para que o governo o submetesse ao dividido Parlamento local.

A partir de 2012, permanecerão no Iraque apenas cerca de 150 soldados dos EUA, na qualidade de adidos militares, ligados à embaixada. Instrutores civis assumirão a tarefa de treinar as forças do Iraque para o uso de equipamentos militares norte-americanos.

Há a possibilidade de essa cooperação ser ampliada no próximo ano, com mais militares americanos envolvidos nos treinamentos dos seus colegas iraquianos.

"Do ponto de vista de serem capaz de se defender contra uma ameaça externa, francamente, eles têm capacidade limitada." – disse o Gen. Lloyd J. Austin III, o comandante americano no Iraque, em uma entrevista após a cerimônia.

A defesa militar do Iraque tem falhas críticas em várias áreas: as dificuldades estão em toda a parte, desde a fragilidade na defesa aérea até as dificuldades de execução de tarefas básicas de logística, como abastecer suas tropas com alimentos e combustíveis, somando-se a incapacidade de fazer a manutenção dos veículos blindados herdando os americanos e dos jatos que está comprando.

Embora a saída americana tenha retirado a motivação central para os jihadistas que invadiram o Iraque após a invasão em 2003, o braço iraquiano da Al-Qaeda, mostra-se vivo e eficiente, e não parece disposto a encerrar suas atividades. Ao longo do ano passado, levaram a cabo uma série de atentados espetaculares, nas áreas “mais seguras” e protegidas pelos americanos.
Foto: Mario Tama/Getty Images
Momento de silencio, recordando os quase 4.500 americanos mortos em cambate
Mesmo em seus dias de crepúsculo, os militares americanos tem sofrido ataques humilhante que modificou inclusive a forma como se pretendia entrega das bases aos iraquianos.

As cermônias deixaram de serem anuncios publicos depois que os insurgentes estavam se aproveitando do clima de arrumar as malas para a mudança, para atacar os postos militares.

Desde então, o fechamento das bases foram feitas em segredo, nada de desfile de tropas e mudanças de bandeiras no mastro principal. Tudo passou a acontecer em reuniões a portas fechadas, onde oficiais americanas e iraquianas assinavam documentos que legalmente passavam o controle das instalações, trocaram apertos de mão enquanto entregavam e recebiam chaves como se fosse à entrega de um imóvel residencia.

Todos os números a respeito dessa guerra são controversos: segundo dados oficiais quase 60 mil iraquianos perderam suas vidas na guerra, em grande maioria por equívocos dos invasores, que confundiam cidadãos de bem com terroristas e vice-versa. Todavia, a respeitada organização “Iraq Body Count” contesta esses números, para eles, ocorreram entre 97.461 e 106.348 mortes entre os iraquianos até julho de 2010.

O Serviço de Pesquisa do Congresso, estima que, no final do ano fiscal de 2011, os Estados Unidos terão gasto quase US$ 802 bilhões para financiar a guerra. No entanto, o economista vencedor do prêmio Nobel Joseph Stiglitz e a professora de Harvard Linda Bilmes, afirmam que o custo real chega a US$ 3 trilhões se os impactos adicionais no orçamento e na economia dos Estados Unidos forem levados em conta.
Foto: Mohanned Faisal/Reuters
Em Falluja, antigo reduto da insurgência da Al Qaeda, e cenário de algumas das piores batalhas da guerra, milhares de iraquianos celebraram na quarta-feira a retirada norte-americana. Algumas pessoas queimaram bandeiras dos EUA, outras exibiam fotos de parentes mortos.
Os países vizinhos do Iraque também ficarão muito atentos a como Bagdá enfrentará seus problemas sem o amparo da presença militar norte-americana, e num momento em que a crise na vizinha Síria ameaça alterar o equilíbrio étnico e sectário da região.

A liderança xiita do Iraque vê na retirada o recomeço da soberania nacional, mas muitos iraquianos questionam que rumo o país tomará sem a presença dos militares estrangeiros.

Alguns temem violência sectária, ou que a Al Qaeda volte a semear o terror nas cidades. A disputa por petróleo e territórios entre os curdos, que controlam uma região semiautônoma no norte, e os árabes, que dominam o governo central, é outro assunto delicado.

A violência recuou desde o auge dos conflitos sectários, quando homens-bomba e esquadrões de atiradores chegavam a fazer centenas de vítimas por dia, e o país esteve próximo de uma guerra civil entre sunitas e xiitas.

Em geral, as forças de segurança são vistas como capazes de conter o que resta da insurgência sunita e as milícias xiitas, que autoridades dos EUA afirmam ser patrocinadas pelo Irã.

Mas, mesmo para quem desfruta da sensação de soberania, a segurança continua sendo uma grande preocupação. Os ataques atualmente têm como alvo órgãos públicos e forças locais de segurança, numa tentativa de mostrar que as autoridades não estão no controle.
Foto: Maya Alleruzzo/Associated Press
De volta para casa

Foto: Thaier al-Sudani/Reuters A comemoração dos militares iraquianos ao assumirem a antiga base americana de Camp Echo
A queda de Saddam abriu caminho para que a maioria xiita do país ascendesse a posições de poder após décadas de opressão sob o Partido Baath, ligado aos sunitas. Mas, nove anos depois da invasão, o Iraque continua sendo um país rachado.

Isso se reflete até na coalizão chefiada pelo primeiro-ministro Nuri al Maliki, um xiita, que é retalhada por divisões sectárias. O governo às vezes parece paralisado, porque os partidos se contrapõem conforme critérios sectários em disputas por leis ou cargos.

Os sunitas iraquianos temem a marginalização ou mesmo um sorrateiro regime autoritário sob o comando de Maliki. Uma recente onda de repressão a ex-integrantes do Partido Baath alimentou esses temores.

As divisões sectárias deixam o Iraque vulnerável à interferência de vizinhos que tentam garantir mais influência, especialmente porque nações árabes controladas por sunitas veem o envolvimento do Irã como uma tentativa de controlar os partidos xiitas do Iraque em detrimento dos sunitas.

A liderança xiita do Iraque, por sua vez, teme que a crise na Síria acabe resultando em um governo sunita radical em Damasco, o que agravaria as tensões sectárias no próprio Iraque.

"Valeu a pena? Tenho certeza de que sim. Quando chegamos aqui, o povo iraquiano parecia feliz em nos ver", disse o primeiro-sargento Lon Bennish, arrumando suas malas.

"Espero que estejamos deixando para trás um país que diga: 'Ei, estamos melhores agora do que antes'."

Foto: Davis Turner/Getty Images
O presidente dos EUA, Barack Obama - que se elegeu com a promessa de retirar as tropas do Iraque, emocionado fala para as tropas que regressaram no Fort Bragg, na Carolina do Norte.

Foto: Joe Raedle/Getty Images
Soldados da 1ª Divisão de Cavalaria do Exército dos EUA chegam em sua base de Fort Hood, Texas depois de ter sido parte de um dos últimos unidades de combate americanas para sair do Iraque.

JÂNIO AFIRMA QUE É CANDIDATO A PREFEITO EM 2012

Para tirar quaisquer dúvidas de quem às tenham, venho comunicar aos amigos, aos eleitores e ao povo em geral, do município de Taquaritinga do Norte, que diante dos inúmeros gestos de solidariedade que tenho recebido, em razão dos últimos acontecimentos, envolvendo o meu nome, nos bastidores da política local, e diante da forma antidemocrática de algumas pessoas, que  de maneira ditatória, querem impor nomes,  para receber o nosso apoio político nas eleições do  próximo ano, e ainda, chegar ao extremo de querer, definir e decidir os rumos da minha vida pública, sem ter qualquer tipo de conversa comigo, num ato unilateral e despropositado de qualquer espírito público, inaceitável da minha parte e dos diversos amigos que pensam prioritariamente no desenvolvimento do nosso município e do  povo desta terra.
 Informo que levarei o meu nome para apreciação dos convencionais dos partidos PSD (55), PSDB (45)  e DEM (25), como candidato a prefeito deste município, nas eleições de 2012, convenções que acontecerão em junho do ano que vem. Fui prefeito de Taquaritinga do Norte durante 9,5 (nove anos e meio), mesmo período do grupo que está no poder, também 9,5(nove anos e meio), com a base sólida de serviços que prestamos ao  povo da nossa terra e a certeza de que poderemos fazer muito mais, rumo ao futuro.

Meu Abraço.

Jânio Arruda da Silva

domingo, 6 de novembro de 2011

Na sucessão à coroa, homens e mulheres, direitos iguais


Mudanças na sucessão do trono britânico anulam séculos de leis reais, as novas regras poderão beneficiar filhas de William e Kate
Foto: Oli Scarff/Getty Images
Membros da família real britanica comemoram junto a Rainha Elizabeth II o seu aniversário oficial, participando no desfile Trooping the Colour em 11 de junho de 2011, em Londres, Inglaterra.
A rainha Elizabeth II celebrará, em breve, o 60º aniversário de sua coroação na Abadia de Westminster, em Londres
Os países da Comunidade Britânica decidiram modificar as leis sobre os direitos ao trono britânico.

Mais de mil anos de história real mudarão para dar a homens e mulheres as mesmas chances de assumir a coroa. Além disso, será anulada também a proibição ao monarca de ter um cônjuge católico.

Todos os 16 países do Commonwealth, que tem a rainha Elizabeth II como chefe de estado, precisarão modificar suas leis relativas à sucessão.

No entanto, especialistas do governo admitem que ainda estão avaliando que leis precisarão alterar.

Eles fizeram uma lista de nove leis que datam de 1689, mas é possível que elas não sejam as únicas.

Um dos problemas é que o direito de primogenitura masculina - que dá aos irmãos mais novos o direito de se tornarem monarcas antes de suas irmãs mais velhas - é baseado em muitos séculos de leis de propriedade do direito comum britânico e não somente em uma norma.

De acordo com a regra, a coroa só podia ser passada à filha mais velha quando não havia filhos homens, como no caso do rei George 6º, pai da rainha Elizabeth.
Foto: Tim Hales/Associated Press
David Cameron, o primeiro ministro ingles, faz a reverencia de praxe a Raina Elizabeth II, em recente cerimônia, diante de sua residência em Londres
A decisão foi anunciada nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, durante a cúpula bianual da Comunidade Britânica em Perth, na Austrália.

"Estou muito feliz de dizer que chegamos a um acordo unânime sobre duas mudanças nas regras da sucessão. Primeiro, acabaremos com a regra de primogenitura masculina para que no futuro, a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento. E concordamos em aplicar esta mudança para todos os herdeiros do Príncipe de Gales."

"Em outras palavras, se o duque e a duquesa de Cambridge estivessem esperando uma menina, essa menina seria nossa rainha um dia", completou Cameron.

Foto: Dave Thompson/Reuters
O príncipe William e Kate Middleton, duque e duquesa de Cambridge, se casaram no dia 29 de abril, deste ano. A partir dos seus descendentes é que vigorará a nova lei.
Se os direitos iguais ao trono tivessem existido no passado, a história da Grã-Bretanha poderia ter sido diferente.

O rei Henrique VIII e o rei Carlos I, dois dos mais famosos monarcas britânicos, provavelmente não teriam existido, já que ambos tinham irmãs mais velhas.

Ao invés de Henrique VIII, cujo reino marcou o início da Igreja Anglicana, sua irmã Margaret teria sido rainha.

O reino de Carlos I, no século 17, levou a uma sangrenta guerra civil. Mas ele também tinha uma irmã mais velha, Elizabeth.

A era moderna da monarquia britânica também teria seguido outro caminho.


A primogênita da Rainha Vitória, nascida em 1840, se casou com o imperador alemão Frederico 3º. Caso ela tivesse se tornado rainha, a coroa teria passado para seu filho, o kaiser alemão Guilherme 2º.

Com Alemanha e a Grã-Bretanha governadas pelo mesmo rei, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial poderiam nunca ter acontecido.
Oléo sobre tela de Hans Holbein
Henrique VIII, criador da Igreja Anglicana, não teria subido ao trono sem a lei que privilegiava homens
A anulação da proibição ao monarca de ser casado com uma pessoa de fé católica também significará modificar o Ato de Estabelecimento inglês de 1701, que foi redigido durante o reinado de Guilherme 3º.

No momento em que a lei foi criada, o monarca estava doente e sem filhos e sua cunhada Anne havia acabado de perder seu único filho.

Sem herdeiros, ele temia que a sucessão fosse para o rei católico deposto Jaime 2º ou para seus filhos.

As mudanças legais na Grã-Bretanha, no entanto, não devem acontecer pelos próximos quatro anos.

A Suécia foi a primeira monarquia europeia a declarar direitos iguais para homens e mulheres na linha de sucessão, em 1980.

Desde então, a decisão foi tomada por países como Noruega, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Luxemburgo.

Isabeli Fontana vai casar na Etiópia


Depois de tórridos romances e casamentos com homens loiros, uma das modelos brasileiras de maior sucesso no exterior, partiu para o padrão black e após engendrar um namoro como Falcão do O Rappa, agora anuncia que vai casar com Rohan Marley, filho do cantor Bob Marley. Examinando bem, os namorados dela são sempre sósias uns dos outros. Estamos aguardando para quando ela adotar o padrão dos velhinhos barrigudos.
Foto: Arquivo
LEGENDA
Postado por Cinthia
Fontes:O Dia, Wikipedia, Ego, Coluna do Bruno Astuto, New York Fashion

Isabeli Fontana, 28 anos, uma das modelos brasileiras mais bem-sucedidas no mercado internacional, está buscando uma data livre, na sua tumultuada agenda, para casar. A cerimônia, segundo se anuncia, acontecerá na Etiópia e o noivo será desta vez, o cafeicultor jamaicano, Rohan Marley, um dos 11 filhos oficiais do cantor Bob Marley.

A convite do noivo, a modelo assumirá no mês que vem o posto de embaixadora da ONG do amado, a 1Love, que tem como objetivo “levar a mensagem de paz e amor de Bob para o mundo”.

“Minha primeira missão será encontrar uma entidade brasileira para ser beneficiada pelo projeto”, diz ela.

Foto: Arquivo
Qualquer semelhança é mera coincidência? O ex de Isabeli o brasileiro, Marcelo Falcão e o atual, o jamaicano, Rohan Marley, ela diz que são completamente diferentes.
Isabeli também avisou seus agentes que precisará de um brecha na agenda de desfiles de fevereiro para embeleza as pré-estreias do documentário que os filhos de Bob preparam sobre o pai.


“Muitos mitos serão desfeitos”, adianta.

“Quando eu tinha uns 13 anos e só escutava Xuxa e música sertaneja, meu irmão me deu de presente uma fita cassete do Bob, e mudou minha vida. Depois, passei meu aniversário de 17 anos na Jamaica e visitei o museu. Bob era um homem do bem”.

a em o conta.

Sobre a semelhança entre o atual e o ex, o cantor Falcão, ela é categórica: “As pessoas só veem aparência. Para mim, são completamente diferentes”.

Isabeli também falou de seu ritmo intenso de trabalho. “Viajo toda semana, mas volto também toda semana por causa dos meus filhos. Passo quatro dias no Brasil e três fora dele, porque faço questão de levá-los à escola, cobrar as lições, acompanhar tudo”. Em novembro, ela circulará por Nova York, Londres (onde posará para a campanha da gigante do fast fashion H&M), Chile e Miami, onde mora Rohan, que acaba de obter seu passaporte americano.

A modelo, que estampou praticamente todos os meses editoriais da edição francesa da revista Vogue, considera “normal” a volta do ritmo frenético de trabalho depois de um período quase sabático:

“Dei uma diminuída no meu ritmo para ficar mais perto dos meus filhos e agora sinto que estou recomeçando um ciclo. Na verdade, minha carreira é sempre um recomeço”.
Fotos: Arquivos
Álvaro Jacomossi, pai do seu primeiro filho e Henri Castelli, pai do segundo filho
O curriculo amoroso publico de Isabeli Fontana, começou em 2002 quando ela namorou o modelo Álvaro Jacomossi, com quem teve, no ano seguinte, seu primeiro filho Zion.

Acabado o romance, em 2004 conheceu o ator global Henri Castelli com quem se casou em dezembro de 2005.

Em outubro de 2006 nasceu seu segundo filho Lucas, seu casamento terminou em abril de 2007. Em setembro do mesmo ano ela iniciou um novo romance com o empresário Rico Mansur que durou até dezembro de 2008.

Em fevereiro de 2009 ela assumiu seu novo romance com o vocalista da banda O Rappa Marcelo Falcão, o namoro teve fim em março de 2011.

Em julho de 2011 quando Isabeli foi passar férias na Jamaica ela conheceu Rohan Marley, filho do cantor Bob Marley, e o namoro engrenou de vez e vai se transformar em casamento. O local escolhido pelo casal é a Etiópia.

"Isso por causa da religião dele. Ele segue o Antigo Testamento, é muito religioso. Acho isso muito lindo", explicou a modelo.

Terra: 7 bilhões de habitantes



Bebê nascido em Manila, nas Filipinas, é eleito simbolicamente pela ONU o habitante de número 7 bilhões da Terra

Foto: Erik De Castro/France Presse
Danica May Camacho, o habitante 7 bilhões
Postado por Cinthia
Fontes:Folha de São Paulo - France Press, Folha de São Paulo –Diário do Povo,Pequim, China, Folha de São Paulo - "Nation Media Group", Nairóbi, Quênia


A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano número sete bilhões, uma pequena filipina de nome Danica cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.


O planeta atingiu a população de seis bilhões em 1999. Na ocasião, a ONU escolheu Adnan Nevic, um menino nascido em Sarajevo, como representante simbólico da marca. Desta vez, a ONU optou por não designar nenhuma criança com antecedência e vários países pretendiam reivindicar a efeméride.


Danica May Camacho, nascida no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da capital filipina, tem 2,5 quilos. Seus pais, Florante Camacho e Camille Dalura, foram felicitados por representantes das Nações Unidas.


"É muito bonita. Não posso acreditar que seja a habitante sete bilhões do planeta", comentou emocionada Camille Dalura na sala de partos, invadida pela imprensa.


Danica receberá uma bolsa de estudos e seus pais uma quantia em dinheiro para abrir uma loja.


"O mundo e seus sete bilhões de habitantes formam um conjunto complexo de tendências e paradoxos, mas o crescimento demográfico faz parte das verdades essenciais em escala mundial", declarou a representante do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) nas Filipinas, Ugochi Daniels.
Foto: Manish Swarup/Associated Press
Multidão caminha por rua de Mumbai,Índia
Segundo o texto de Shan Juan, para o "Diário Do Povo", de Pequim, a população mundial provavelmente teria chegado aos sete bilhões de pessoas cinco anos atrás não fosse a política chinesa de planejamento familiar.


Ao limitar a maioria dos casais da China continental a um filho, a Comissão Nacional de População e Planejamento Familiar afirma que cerca de 400 milhões de nascimentos foram evitados de 1979 em diante.
Foto: Andy Wong/Associated Press
Turistas se aglomeram na praça Tiananmen, em Pequim; controle populacional retardou chegada aos 7 bi
"Os nascimentos prevenidos na China também são significativos para a preservação dos recursos naturais e meio ambiente em todo o mundo", diz o professor Yuan Xin, do Instituto de População e Desenvolvimento, parte da Universidade Nankai.


"Mas esse mérito poderia ser desperdiçado caso a população chinesa viesse a consumir de modo incansável, como fazem os ocidentais, dado o tamanho da população do país".


Os dados oficiais demonstram que o consumo per capita chinês é 20% inferior ao dos Estados Unidos. Caso fossem iguais, o uso total de energia na China seria quatro vezes maior que o norte-americano.


De acordo com Yuan, o governo chinês reconheceu o potencial de consumo excessivo e adotou políticas que encorajam uma economia e estilo de vida "verdes".


Promoveu o fechamento de indústrias poluentes e que consomem energia intensamente, desencorajou a compra de automóveis por meio de diversas medidas, promoveu a separação do lixo reciclável e a conservação de água e energia, e proibiu a distribuição de sacolas plásticas.


À medida que cresce o número de seres humanos, crescem os desafios que a humanidade enfrenta, disse Safiye Cagar, do Fundo Populacional das Nações Unidas. "Como garantir que todos nós tenhamos um padrão de vida decente e ao mesmo tempo preservar os recursos da Terra?"


Um terço dos países do mundo, especialmente os desenvolvidos, têm taxas de fertilidade inferiores a 2,1 filhos por mulher, o nível mínimo de reposição da população existente.


"Na maioria dos países desenvolvidos, que em geral têm índices de natalidade inferiores, a expectativa é de uma queda e envelhecimento da população, enquanto nas nações em desenvolvimento teremos alta estável na população e envelhecimento menor", disse Yuan.
Foto: Stringer/Reuters
Chineses lotam piscina em dia quente em Suining, na Província de Sichuan
A população mundial deve atingir um pico de 9,3 bilhões de habitantes em 2050, e apenas 3% do crescimento deve vir dos países em desenvolvimento.


Na China, a população deve atingir um pico de 1,45 bilhão de pessoas em 2030, o equivalente a um sexto da população mundial, de acordo com as estatísticas oficiais. Isso representa queda considerável ante a porcentagem de um terço que o país detinha no final do século 17 e começo do 18.


A questão mundial do envelhecimento populacional também afetará a China, aumentando a pressão sobre os serviços de saúde. O país passará por mudanças populacionais drásticas, especialmente em termos de envelhecimento e distribuição sexual.


Em 2050, 25% da população idosa mundial viverá na China, ante os 20% atuais.


A força de trabalho -pessoas dos 15 aos 59 anos- se reduzirá dos atuais 940 milhões para 750 milhões de pessoas, e os idosos subirão de 178 milhões a 480 milhões, ou de 13,3% a 34% da população.


A despeito dessa mudança, a pressão deve continuar alta no mercado de trabalho. "Continuaremos a ter uma base imensa de mão-de-obra por muito tempo, mas sua idade média será um pouco maior", acrescentou Yuan.


Charles Onyango-Obbo, editor-executivo de África e mídia digital no "Nation Media Group", comenta que no momento em que a população mundial acaba de ultrapassar os 7 bilhões de pessoas, a África também ultrapassou a marca do bilhão de habitantes, recentemente.


Ao pensar sobre isso na África, continente que registrou fomes terríveis nas últimas décadas, a primeira questão talvez seja como alimentar todas essas pessoas.


Em Uganda, por exemplo, a Autoridade Nacional do Meio Ambiente estima que, ao ritmo atual de desflorestamento, é provável que o país precise importar lenha a partir de 2020. (Em Uganda, 80% das pessoas dependem de lenha e 6% de carvão como combustíveis.)
Foto: Feisal Omar - 20.jul.2011/Reuters
Mulheres aguardam refeição em um campo de refugiados em Mogadício, na Somália, país assolado pela fome
Assim, mesmo que haja comida suficiente nos próximos anos, em muitos dos países africanos que vêm sofrendo pesada devastação ambiental a dificuldade poderia estar em obter a energia necessária a cozinhá-la.


Muita gente dirá que, se existe um desafio importante na África, é esse: o do meio ambiente devastado. Quase todos os demais problemas -corrupção, fraude eleitoral, guerra, fome, doença, as indignidades que as mulheres continuam a sofrer em muitas sociedades africanas, a expansão das favelas e o alto custo de vida nas cidades grandes e médias- estão vinculados a ele.


Conhecemos os números. A ONU projeta que pode haver até 50 milhões de "refugiados ambientais" no planeta, em 2020.


Lagos como o lago Chade estão praticamente secos. Muitas cidades africanas passam em média três dias por semana sem receber água encanada.


A situação é ainda pior nas zonas rurais, e doenças relacionadas ao saneamento são causa de 88% da diarreia infantil na África. Elas matam 600 mil crianças africanas a cada ano. E fazem com que as crianças dos países da África subsaariana percam 1,7 milhão de dias de aula ao ano!


Em um relatório publicado em 2009, o secretariado da Comunidade Leste-Africana, sediada na cidade de Arusha, Tanzânia, estimou que se a África tivesse acesso universal ao saneamento e a água de boa qualidade, o continente economizaria US$ 23,5 bilhões com doenças, mortes prematuras, baixa produtividade, dificuldades na obtenção de água e danos ao turismo.


Muitos desses problemas podem ser resolvidos por governos nacionais esclarecidos e com o apoio da comunidade internacional. É possível importar comida e energia.


O maior desafio que vejo para a África é algo que parece relativamente menor. Mas mesmo assim é letal.
Foto: Feisal Omar/Reuters
Mulheres somalis fazem fila em Mogadício para receber comida; mundo chega aos 7 bilhões e fome é desafio
Recordo uma visita que fiz a um parente doente em Tororo, uma cidade no leste de Uganda, alguns anos atrás. Naquele dia, muitas mães adoentadas haviam levado seus filhos ao hospital. As famílias formavam uma longa fila, e todas ostentavam aquele ar de fragilidade. Era um panorama perturbador, e continuo a encontrá-lo na região rural de Uganda, bem como na maioria dos hospitais que visito na África.


Perguntei a uma enfermeira que conhecia qual era o problema. Ela olhou para a fila, discretamente, e respondeu que "a maioria dessas pessoas não deveria estar aqui, porque não estão realmente doentes. Estão com fome. As crianças sofrem de subnutrição". Em outras palavras, a cura de suas doenças estava em suas hortas, e não na medicina. Mas medicina é o que lhes estava sendo ministrado, porque existe uma estrutura para isso.


Um dos meus trabalhos de reportagem mais memoráveis aconteceu na região do Nilo. O rio costumava ser muito rico em peixes. No dia de minha visita ao local de uma futura represa, a missão jornalística era descobrir como a comunidade local estava lidando com um projeto que alteraria radicalmente sua forma de vida.


Quando minha equipe passou por uma das aldeias perto da margem do rio, vimos uma criança muito frágil, cuja barriga distendida apontava para subnutrição.
Foto: Mohamed Sheikh Nor/Associated Press
Criança desnutrida da Somália vive em acampamento em Mogadício, à espera de ajuda
Perguntamos ao pai da criança, um pescador, qual era o problema do menino. Ele respondeu que o filho estava "possuído por maus espíritos". Isso irritou uma de minhas colegas, e ela rebateu:


"Não, ele não foi atacado por maus espíritos. Só precisa comer melhor. Os peixes que você apanha, se você alimentar o menino com eles por uma semana, as proteínas o ajudarão a melhorar".


O pescador parecia confuso e disse que "não posso fazer isso. Os peixes que pesco preciso vender no mercado para comprar outras coisas, o que inclui remédios para minha família".


Parte do problema estava em o pescador ser pobre demais para poder comer os peixes que apanhava. Mas como no caso de Tororo, minha sensação é de que o maior problema para a crescente população africana é de conhecimento. E especialmente saber o que fazer com ele, e conseguir fazer alguma coisa de criativo.


A África pode comprar conhecimento, mas uma coisa que não pode ser importada é a capacidade de fazer algo de grande com ele. Tudo o mais é bem fácil, em termos comparativos.

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Pessoas se aglomeram na praia de Ipanema, Rio de Janeiro, Brasil

Mortos em ataque de milícia islâmica na Nigéria já passam de 100


Uma série de ataques com bombas e disparos de armas deixou pelo menos 100 mortos em Damaturu, cidade no nordeste da Nigéria.
As testemunhas afirmaram que as bombas atingiram vários alvos na cidade, incluindo igrejas e a sede da polícia do Estado de Yobe, onde fica Damaturu.
Segundo Jonah Fisher, correspondente da BBC na capital comercial da Nigéria, Lagos, os disparos ocorreram durante a noite toda e muitos moradores de Damaturu teriam fugido.
O grupo islâmico Boko Haram assumiu a autoria dos atentados e fez ameaças, dizendo que eles vão lançar novos ataques.
Um porta-voz da Cruz Vermelha afirmou que a maioria dos mortos estava em prédios do governo, atingidos por homens-bomba.
A violência começou na sexta-feira, quanto uma série de ataques atingiu bases militares na cidade de Maiduguri, a cerca de 80 quilômetros mais a leste, no Estado vizinho de Borno.
Centenas de feridos
O Boko Haram também foi responsabilizado por esse ataque. O grupo, cujo nome significa “educação ocidental é proibida”, já fez vários ataques contra a polícia e autoridades do governo.
O correspondente da BBC em Lagos afirma que a polícia informou que os ataques em Damaturu pegaram a cidade de surpresa e eles ainda estão tentando determinar o número de feridos.
Uma autoridade do governo em Damaturu, que não foi identificada, teria dito à agência de notícias AFP que centenas de feridos estão sendo atendidos no hospital da cidade.
Um padre de uma igreja católica da cidade informou ao correspondente da BBC que sua igreja foi queimada e outras oito igrejas também foram atacadas.

domingo, 30 de outubro de 2011

Ana Arraes erra ao elogiar Lula em posse no TCU


”A incrível interferência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na eleição da deputada Ana Arraes (PSB-PE), sua mãe, para a vaga aberta no TCU já tinha sido o fim da picada. O discurso de Ana logo depois da vitória foi vexaminoso, deixando claro que pretendia se comportar como mera procuradora do Poder Executivo naquela que é uma instância do Legislativo”- Reinaldo Azevedo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Ana Arraes ao lado do filho, Eduardo Campos, Governador de Pernambuco, discursa na cerimonia de posse no Tribunal de Contas de União.
Christiane Samarco - Agência Estado
Fontes:Estadão, Blog do Reinaldo Azevedo , Agência Brasil, G1

Exatos 35 dias depois de ser eleita ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) com um discurso contrário à paralisação de obras públicas suspeitas de irregularidade, a mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e ex-líder do PSB na Câmara, Ana Arraes, tomou posse ontem, condenando o controle que paralisa o governo.

A nova ministra assumiu o posto anunciando que tem "compromisso com a decência e a moral" e será "implacável e zelosa com o dinheiro da Nação". Mas defendeu a adoção de um "controle inteligente", lembrando sua pregação em favor da tese de que "o controle deve servir a aperfeiçoar a gestão dos governos e não a paralisá-la, quando não, inviabilizando-a, pois é fugaz o tempo de quem governa".

A observação de Ana Arraes foi feita diante dos olhos atentos da presidente Dilma Rousseff, presente à mesa que dirigiu a solenidade de posse ao lado do presidente do Tribunal, Benjamin Zymler. Neste momento, ela arrancou aplausos da plateia que lotava o plenário do TCU, incluindo ministros de Estado, parlamentares e líderes de partidos governistas e de oposição.

Também compareceram à cerimônia os governadores Cid Gomes (CE), Renato Casagrande (ES), ambos do PSB da nova ministra; o petista Marcelo Deda (SE),o tucano Teotônio Vilela (AL) e o interino do DF e vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), além do pernambucano Eduardo Campos.

Entre as 17 obras que apresentaram problemas de fiscalização no ano passado, com recomendação do TCU para que fossem paralisadas, está a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Talvez por isto Ana Arraes tenha declarado que será "implacável no combate à improbidade e ao crime", com a ressalva de que o "controle moderno" tem que buscar o princípio da eficiência e "não pode ser dissociado do compromisso com o resultado das políticas públicas".

Em conversa reservada em meio à fila de cumprimentos, um dos ministros do TCU que prestigiaram a chegada da colega observou que "ninguém é a favor de paralisar uma obra" e disse que o Tribunal só manda parar "em último caso", quando as irregularidades são graves e o responsável não corrige. Ele avalia que Ana Arraes "se expôs de graça" no discurso de posse, porque todas as decisões do tribunal são coletivas e embasadas em parecer das unidades técnicas e do Ministério Público. "Para mudar o rumo do Tribunal ela terá que convencer os demais ministros, ou perderá de goleada em plenário", concluiu.

Outro ministro também estranhou o fato de a novata ter homenageado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como "o operário de talento político e uma obra que mudou o Brasil", depois de Lula ter se empenhado em uma "verdadeira guerra contra o TCU'', por conta da paralisação de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Um dos parlamentares que participou da campanha dela, no entanto, diz que a menção foi um agradecimento ao trabalho de Lula, que conquistou muitos votos para Ana Arraes no Câmara.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
“O TCU é um lugar político. Política não é só a partidária. Vou ao TCU servir ao meu país, servir ao povo do Brasil, zelando pelos recursos públicos, mas também com o olhar da política”.- disse Ana Arraes ao jornalista Heraldo Pereira numa entrevista para o Jornal da Globo.

*Alteramos o título, acrescentamos subtítulo, comentários de outras fontes, foto e legenda ao texto original

Futebol: É guerra

A chegada de Aldo Rebelo no Ministério do Esporte é a engrenagem nova na guerra entre a FIFA de Joseph Blatter e a CBF de Ricardo Teixeira.

Foto: Harold Cunningham/Getty Images
Joseph Blatter, presidente da Fifa, em Zurique

Fonte:Radar Online

As relações entre a Fifa (leia-se Joseph Blatter) e a CBF (leia-se Ricardo Teixeira) nunca foram tão ruins. Na conversa que teve com Dilma Rousseff há três semanas em Bruxelas, Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, detonou Ricardo Teixeira.

Mais: a Fifa está procurando um escritório de relações públicas para tentar melhorar sua imagem no Brasil — e, claro, junto ao governo Dilma.

A propósito, Ricardo Teixeira e Aldo Rebelo já foram adversários ferrenhos (na CPI da Nike) e depois viraram bons amigos durante o governo Lula.

Mas o último movimento de Teixeira não foi pró-Aldo: trabalhou intensamente no mês passado para ajudar a eleger Ana Arraes ministra do TCU, derrotando justamente Aldo.

Agnelo na mira


Uma investigação da polícia mostra que o governador de Brasília ajudou um PM a fraudar provas para se defender de denúncias de desvio de recursos do Ministério dos Transportes

Foto: Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press
AGORA É ELE - O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Diálogos gravados pela polícia (acima) sugerem que ele ajudou João Dias a forjar provas para acobertar desvios no Ministério do Esporte
Postado por Andrei Meireles, Marcelo Rocha e Murilo Ramos
Fonte:Revista Época

Orlando Silva perdeu o cargo de ministro do Esporte, na semana passada, abalado por denúncias de desvio de dinheiro. Seu substituto, Aldo Rebelo, também do PCdoB, recebeu do Palácio do Planalto a missão de moralizar a pasta. Para a Justiça, no entanto, a questão é outra. Nos próximos dias, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) receberá um processo com nove volumes e quatro apensos, que corre na 10ª Vara Federal, em Brasília.

As informações, a que ÉPOCA teve acesso, mostram que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), antecessor de Silva, é suspeito de ter se beneficiado das fraudes.

O conjunto contém gravações, dados fiscais e bancários, perícias contábeis e relatórios de investigação. As peças da ação penal vistas por ÉPOCA incluem o relatório nº 45/2010, que contém os diálogos captados em interceptações telefônicas, com autorização judicial, feitas entre 25 de fevereiro e 11 de março do ano passado.

As conversas mostram uma frenética movimentação de Agnelo Queiroz e do policial militar João Dias para se defender em um processo. Diretor de duas ONGs, Dias obteve R$ 2,9 milhões do programa Segundo Tempo para ministrar atividades esportivas a alunos de escolas públicas.

Nas conversas, Dias quer ajuda para acobertar desvios de conduta e de dinheiro público. Ele busca documentos e notas fiscais para compor sua defesa em uma ação cível pública movida pelo Ministério Público Federal. O MPF cobra de Dias a devolução aos cofres públicos de R$ 3,2 milhões, em valores atualizados, desviados do Ministério do Esporte.
Foto: Igo estrela/ÉPOCA

COOPERAÇÃO - O professor Roldão de Lima é acusado de ter fornecido documentos para a defesa de João Dias. O encontro entre eles foi filmado pela polícia.

Personagem da crônica política de Brasília, João Dias ajudou, com suas declarações, a derrubar Orlando Silva na semana passada. Dias nem precisou apresentar provas de que Silva teria recebido pacotes de dinheiro na garagem do ministério. Suas acusações levaram à sexta baixa no primeiro escalão da equipe da presidente Dilma Rousseff.


O pretexto para a demissão foi a abertura, na terça-feira, de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a acusação de Dias e denúncias de que o Ministério do Esporte se transformara num centro de arrecadação de dinheiro para o PCdoB. Com a queda de Orlando Silva, o foco se transfere para o governador Agnelo Queiroz, contra quem existem suspeitas ainda mais consistentes.


Os principais interlocutores nas conversas gravadas pela polícia são João Dias, Agnelo Queiroz, o advogado Michael de Farias (defensor do policial) e o professor Roldão Sales de Lima, então diretor da regional de ensino de Sobradinho – cidade-satélite de Brasília onde atuavam as duas ONGs de João Dias. Era com Lima que Dias tratava do cadastro das crianças carentes que deveriam ser beneficiadas pelo programa Segundo Tempo.


Na ação cível há um dado impressionante: as ONGs de João Dias receberam recursos para fornecer lanches para 10 mil crianças. Mas só atenderam, de forma precária, 160.
Foto: Dida Sampaio/AE
SOCORRO - Em outro diálogo, João Dias deixa recado para Agnelo: o prazo para arrumar documentos para sua defesa estava no final. Do lado vê-se carros pertencentes ao policial militar. Entre eles está um Camaro.
Pressionado pelo Ministério Público, Dias (foto acima) foi à luta para amealhar elementos capazes de justificar tamanho disparate. Às 12h36 do dia 4 de março de 2010, ele telefonou para Agnelo Queiroz, então diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dias pediu a Agnelo para “dar um toque” em Lima e reforçar seu pedido de ajuda ao professor.

Dias queria que Lima fornecesse documentos para sua defesa. Na gravação, ele avisa que vai marcar um encontro entre Agnelo e Lima, para que esse pedido seja feito pessoalmente. Menos de uma hora depois, Dias, que estava num restaurante com Lima, telefonou novamente a Agnelo. Entregou o celular para Lima falar com ele. De acordo com a transcrição dos diálogos, feita por peritos do Instituto de Criminalística do Distrito Federal, Agnelo diz a Lima que precisa de sua ajuda. Afirma que vai combinar com João Dias para os três conversarem, porque Roldão (Lima) “é peça-chave neste projeto”.

Qual seria o projeto? Segundo a investigação da polícia, trata-se de apresentar uma defesa à Justiça Federal capaz de livrar Dias da cobrança milionária. Pouco antes das 13 horas do dia 9 de março, o advogado Michael de Farias disse a Dias para ficar tranquilo, que tudo estaria pronto para ser entregue à Justiça três dias depois. Só faltaria, disse Michael, “agilizar a questão do Roldão (Lima)”. Na gravação, Michael afirma que eles “já vão confeccionar os documentos só para o Roldão assinar, já vai tudo pronto”. Dias diz que dessa forma fica melhor e, em seguida, liga para Agnelo e marca um encontro para uma conversa rápida e urgente. Cerca de duas horas depois, Dias volta a telefonar a Agnelo e adia o encontro.



No final da tarde do dia 9, Dias falou com Lima. O professor Lima disse que ficou até de madrugada numa reunião em que foram fechadas “as planilhas, os projetos”.

De acordo com a polícia, Lima estava no escritório do advogado Michael. No dia seguinte à tarde, Michael disse a Dias que já havia “confeccionado a defesa e as cartas de Roldão (Lima)”. Até aquele momento, Lima não assinara nada.

À noite, Dias ligou para dois celulares de Agnelo e deixou o mesmo recado nas secretárias eletrônicas: “O prazo máximo para apresentar a defesa é sexta-feira, preciso muito de sua ajuda”. Às 20h22, Dias finalmente consegue falar com Agnelo e avisa “que sexta-feira tem de apresentar o negócio lá”.

A polícia descobriu, pelas conversas grampeadas, onde Lima se encontraria com Dias para entregar os documentos a ser incorporados a sua defesa. O encontro ocorreu no Eixo Rodoviário Norte, uma das principais avenidas de Brasília, no começo da tarde da sexta-feira 12 de março. Dias parou seu Ford Fusion e ligou o pisca-alerta. Em seguida, Lima parou seu Fiat Strada atrás e entrou no automóvel de Dias.

Eles não sabiam, mas tudo era fotografado por agentes da Divisão de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal. As imagens mostram que Lima carregava uma pasta laranja ao entrar no carro de Dias. Saiu do veículo sem ela. Três horas depois, os advogados de Dias entregaram sua defesa na Justiça Federal.

De nada adiantou todo esse esforço. Um laudo da PF constatou que havia documentos “inidôneos” na papelada apresentada pela defesa de Dias. Três semanas depois, ele e outras quatro pessoas foram presas por causa de fraudes e desvio de dinheiro público no Ministério do Esporte. Mesmo com todas as evidências registradas nas gravações de suas conversas, Dias nega ter recorrido a Agnelo para ajudá-lo em sua defesa.

O professor Lima afirma que, nas conversas por telefone e nos encontros com Dias, só falava de política. Mas admite que, “num dos encontros, João Dias me passou o telefone para conversar com Agnelo”. Lima afirma não se lembrar da pasta laranja entregue no encontro.

As gravações telefônicas revelam também uma intimidade entre Agnelo Queiroz e João Dias, que os dois hoje insistem em esconder. A relação entre os dois envolveu a intensa participação do PM na campanha de Agnelo para o governo do Distrito Federal no ano passado. Eles afirmam que estiveram juntos apenas nas eleições de 2006, quando Agnelo concorreu ao Senado, e Dias a uma cadeira na Câmara Legislativa – ambos pelo PCdoB.

Os diálogos em poder da Justiça mostram outra realidade. No dia 4 de março de 2010, Dias perguntou a Agnelo como estavam os preparativos para o dia 21 de março, data em que o PT de Brasília escolheria seu candidato ao governo. Agnelo disse que estavam bem, seus adversários estavam desesperados.

Em resposta, Dias afirmou que ele e o major da PM Cirlândio Martins dos Santos trabalhavam para sua candidatura nas prévias do PT em várias cidades-satélite de Brasília. Na disputa, Agnelo derrotou Geraldo Magela, hoje secretário de Habitação do Distrito Federal.

Em outra gravação, Dias informa Agnelo sobre o resultado de uma pesquisa eleitoral em que ele ultrapassara o ex-governador Joaquim Roriz. ÉPOCA ouviu de integrantes da campanha de Agnelo que, mesmo depois de sua prisão, Dias teve papel importante nas eleições. A campanha de Weslian Roriz – mulher de Roriz, que o substituiu na disputa – mostrou na TV um dos delatores do envolvimento de Agnelo nas fraudes no Ministério do Esporte. Isso teve impacto na campanha do ex-ministro. Quem deu a solução foi Dias: com poder de persuasão, ele convenceu uma tia da testemunha a desqualificar seu depoimento na televisão. Mais tarde, a tia foi agraciada com um emprego no governo. No novo governo, Dias foi beneficiado. Indicou seu melhor amigo, Manoel Tavares, para a presidência da Corretora BRB, o banco do governo do Distrito Federal.

O governador e ex-ministro Agnelo Queiroz respondeu por escrito a 13 perguntas feitas por ÉPOCA. Ele afirma que o inquérito da Polícia Civil é montado.

“O inquérito foi uma tentativa de produção de um dossiê para inviabilizar a (minha) candidatura”, diz Agnelo.

“A origem do inquérito infelizmente foi direcionada por uma parte da Polícia Civil, ainda contaminada pelas forças políticas do passado. Uma farsa.” Agnelo diz que ele e João Dias eram “militantes da mesma agremiação partidária, ambiente em que surge o conhecimento” e que é “fantasiosa” a afirmação de que acolheu “indicação de João Dias para cargos no governo”.

Apesar de continuar na Polícia Militar, Dias tornou-se um próspero empresário. Em outro relatório da polícia em poder da Justiça Federal, de número 022/2010, gravações telefônicas mostram que Dias é o verdadeiro dono de academias de ginástica registradas em nome de laranjas.

“Tal fato é um forte indício de que João Dias está utilizando as academias para ‘lavar’ o dinheiro oriundo de supostos desvios de verbas públicas”, diz o relatório policial. Dias tem quatro carros importados. O mais vistoso é um Camaro laranja, 2011, importado do Canadá em julho.

Em entrevista a ÉPOCA, ele afirmou que adquiriu o Camaro numa transação comercial. O veículo está registrado em nome do motorista Célio Soares Pereira. Célio é o empregado de Dias que diz ter entregado dinheiro no carro do então ministro Orlando Silva na garagem do Ministério do Esporte.

Em depoimento à Polícia Federal, Dias mudou sua versão sobre a entrega de dinheiro a Silva. Ele disse que era “muito pouco provável que o ministro (Orlando Silva) não tivesse visto a entrega dos malotes (de dinheiro)”.
Foto: Agencia Brasil

MAIS FAXINA - O ex-ministro do Esporte Orlando Silva, do PCdoB, no Palácio do Planalto, após sua demissão, na semana passada e o colega de partido Aldo Rebelo, que o substituiu com a missão de moralizar a pasta. Não vai ser fácil.
Diferentemente de Dias, Geraldo Nascimento de Andrade – principal testemunha de acusação contra Agnelo Queiroz sobre desvio de dinheiro do Ministério do Esporte – confirmou, em todos os depoimentos, ter pessoalmente entregado R$ 256 mil a Agnelo. Em um vídeo a que ÉPOCA teve acesso, Andrade descreve com detalhes como fez dois saques no Banco de Brasília, transportou e entregou o dinheiro ao atual governador.

Andrade sabe mais. Na gravação, ele liga as fraudes no Esporte ao Ministério do Trabalho. Andrade afirma que notas frias foram usadas para justificar despesas fictícias em convênios do programa Primeiro Emprego. O maior convênio apontado por Andrade, de R$ 8,2 milhões, foi firmado com a Fundação Oscar Rudge, do Rio de Janeiro. Andrade, que morava em Brasília, afirma ter ido ao Rio de Janeiro para sacar dinheiro da conta de um fornecedor da fundação, uma empresa chamada JG.

Ele diz que passava os valores para representantes da entidade. A presidente da fundação, Clemilce Carvalho, diz que a JG foi contratada por pregão e prestou os serviços. Filiada ao PDT, mesmo partido do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ela foi candidata a deputada federal em 2006.

Lupi está ameaçado de perder o emprego na reforma ministerial, planejada para o início de 2012. Os ministérios do Esporte e do Trabalho têm, em comum, o fato de ser administrados há anos pelos mesmos partidos da base de apoio ao governo federal. O modelo dá sinais de que começa a ruir.
*Acrescentamos comentários e alteramos legendas da publicação original

SÓ QUEM É CANDIDATO


Junior do Algodão, Brás, Pablo, Jânio e Jó


 Após um final de semana muito movimentado, somente neste domingo, o Ex-Prefeito Jânio Arruda (PSD), foi visto logo pela manhã, tomando um café na fazenda de uma família amiga, na comunidade do Jaburu. 
Brás, André, Pablo, Jânio, e Jó
 Às 10:30 hs, já estava atendendo amigos em sua residência, ao meio-dia, fez uma visita ao Sítio Cafundó, onde fica localizada a Rampa do Pepê, onde dialogou com voadores e amantes do vôo livre, que ali se encontravam, aguardando uma boa corrente de ar para assistirem as belezas dos vôos de asa delta; às 14:00 hs, estava almoçando com o amigo aniversariante do dia “Doca de Lino”, no Bairro Zamba, às 16:00 hs, já estava na casa do velho amigo Bila Lage, no Sítio Oiti, de onde foi participar da Festa do Padroeiro “Frei Galvão”. 


Primeiro Santo Brasileiro, que é o homenageado daquela comunidade, após o evento visitou amigos lá no Oiti e em seguida, na Comunidade de Mateus Vieira. Às 21:00 hs, foi localizado no Bairro Brasília, ainda conversando com amigos. Com uma agenda dessas e com esse pique todo, só podemos deduzir que o homem está se preparando para 2012.  


Fonte: www.junioralbuquerque.net